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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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21.9.06

Na calada da noite
Parte MMDCCLXVIII





Luciana: A gente podia ter nossa grife. eu faço pulseiras de garrafa pet, tu sabe.
Jacqueline: As pulseiras de garrafa que tu faz são lindas, combinam perfeitamente com as bolsinhas que eu faço, outras, de abridor de latinha de refrigerante (como chama aquilo?) envolto em crochê. É uma lindeza!
Luciana: A grife vai ser a flows de virgem mesmo? Adoro tuas bolsinhas de anel de lata de fanta uva light.
Luciana: Ei, bora fazer diálogo? "Quer um Corpus?"
Jacqueline: "Não, obrigada, não estou de regime"
Luciana: Mas eu quero é chegar na parte do "NEM EU!"
Jacqueline: Então, rapaz...eu falei que não que estava de regime...tu tem que responder: "Não? NEM EU"
Luciana: "Não? "NEM EU"!





Jacqueline: E cachecol de lã sintética, tu sabe fazer? E Flows de Virgem, com certeza! Já imagine nossa banquinha na próxima feirinha do dragão do mar. Aproveito e levo coxinha de imitação de frango, pra vender.Pode deixar que um tio meu mexe com madeira e andaimes. Ele faz uma banca supermoderna pra gente. Vamos mandar fazer uma plaquinha com o nome da loja, né? "Flows de Virgem", esculpido num pedaço de tronco.
Luciana: Mermão. Pedaço de tronco, hahahaha! Mas faremos um estilo rústico? Ok. Mas então a gente tem que fazer a placa que nem dessas churrascarias de bairro. "Flows de Virgem - Administração: Jaq & Lucy". A gente vai vender bolo mole? Porque a gente tem que vender o que o povo gosta. Cajuína com bolo mole é hit. E tem que ter a célebre fila do creme de galinha, não esqueça.
Jacqueline: Frango tá caro, a gente coloca metade frango e metade batata. Fica igual! E claro, cara... Tem que ter o pedaço de tronco esculpido! Ou tu prefere uma "decupage"? Aplico uns ramalhetes de flores e tal... E a população adora bolo mole, bolo de preguiçoso. Já vem mastigado.
Luciana: Decupage com guardanapo? Que nada. O último grito na Ana Maria Braga é aplicação de filtro de café usado, tingido com beterraba. Deve feder, mas é a tendência.
Jacqueline: Taí, gostei... deve servir também pra espantar as muriçocas, já que a feirinha costuma ser a noite. Já vou comprar as beterrabas amanhã, lá na Ceasa. A gente podia também fazer buquês feitos de flores de papel crepom, né? Faz a florzinha e depois dá um banho de parafina. Não tem quem resista a lindeza!
Luciana: Quer coisa mais "raiz" que beterraba na ceasa? Chama aquele teu amigo que toca TRIÂNGULO pra animar a noite. Mas tem que ser só triângulo, viu. Afinal, o som ambiente tem que ser suave para agradar a todos.
Jacqueline: Triângulo! É bom que ele aproveita e vende chegadim, né?
Luciana: Tu tb viu o banho de parafina? Hahahahahahahah!
Jacqueline: Ahaha...claro que eu vi! Eu e o Renato, parados, de boca aberta, olhando pra TV. E a Ana Maria se acabando de achar tudo muito lindo, ahahaha... E o vasinho? Achei tão criativo! Uma garrafa pet!
Luciana: CHEGADINHA! Boa, boa. Mas parafina com papel crepom foi, sem dúvida, um dos piores artesanatos. Acho que só perde para a mandala feita de CD, com apliques de cola colorida e pedras, pra pregar na parede da casa. O quê, teu maridão vai amar, cara.
Jacqueline: E a gente revende sorvete. Podemos pegar a idéia do vasinho das flores parafinadas, vários fundos de garrafa pet como vasilha pro sorvete, que tal?
Luciana: ISSO! Em cada gomo do fundo da garrafa pet, um sabor de sorvete regional. Cupuaçu, açaí, graviola e siriguela.
Jacqueline: "Cada gomo"...ahahahaha... é uma idéia muito boa, vai parecer que a garrafa já foi pensada pra isso, pra separar os sabores. Não podemos esquecer do delicioso sorvete de tapioca.
Luciana: Tem o sorvete de caipirinha, que todo desmantelado gosta.
Jacqueline: Tu viu a tocha também feita de parafina, pra colocar em casa? "Cheirinho de citronela". De parafina ou juta. Eu vi a hora o estúdio da globo pegar fogo. Aí passa a Ana Maria, na Europa, segurando uma tocha dentro de um túnel lindo... De repente, corta pra realidade: aquelas tochas horrendas. E ela dizendo que dava pra vender por 10 reais. DEZ REAIS num pedaço de pau com juta.
Luciana: Menina, e pensar que nossa empresa começou com dindin de kisuki de uva, né...
Jacqueline: É, rapaz, dindin...mas é assim mesmo, a gente tem que começar por baixo, né? Hoje já fabricamos lindas florzinhas feitas de arame com meia de seda velha e papel celofane.
Luciana: Não esquece das flores de bexiga, viu. Só sei que sou frustrada com algumas receitas. Um dia, ela ensinou a fazer Bis no programa. Ela jurou que as folhas finíssimas de waffer tinham aqui na mercearia da minha cidade. Nunca achei, ó. E um dia ela não fez um jogo de dominó de PAPELÃO PINTADO e queria vender por DEZ REAIS? Cara, papelão, da caixa da tv do maridão dela, lá. E essa Ana Maria passa cada vergonha. Uma vez, foi a Portugal e foi toda feliz comer azeitona do pé de oliva, uma azeitona true e raiz. Só faltou passar mal, de tão horrível que era. Mas depois, o cara deu pra ela um vidrão de azeite "de boa qualidade" - que ela tacou praticamente todo num pedaço de pão e comeu.
Jacqueline: Ahahaha...essa que ela foi pra Portugal, BEBER azeite na garrafa, eu vivo contando aqui em casa. Inacreditável. Ela ficou despejando azeite em cima do pão e falando "olha, olha o brilho, olha os raios do sol por trás do azeite, olha que coisa linda... segura essa imagem, segura, isso... olha, olha". Ahahaha... eu fiquei doente! E o pobre do português espantado. Era só pra comer pão com azeite, e não azeite com pão. Aliás, ela é viciada nisso, adora falar "um azeite de boa qualidade". Na casa dela deve ter azeite hiper-mega-extra virgem até da terra. A azeitona nem nasceu direito e ela já tá colhendo.
Luciana: hahahahahahaa! raios de sol por dentro do azeite! E ela se passa mesmo é com queijos. A receita diz que é pra ser meia-xícara de parmesão e ela taca uma e meia. Ah, e ela curte OVO também. Uma vez, colocou uma gema mole de AVESTRUZ - ou seja, uma gema que era bem dizer uma pizza grande - num prato e passou altos miolos de pão, gritando e gemendo e mandando soltar os cachorros. Até o Louro José passou vergonha.
Jacqueline: Ainda na Record, ela fez uma receita que se chamava "vulcãozinho". Era uma fatia de pão de forma, clara batida em neve em cima, formando um vulcão e um ovo cru em cima, que seria as lavas. Leva pro fogo e fica aquela lindeza... e ela toda orgulhosa. "Pro lanche da tarde".
Luciana: Pô, o vulcãozinho é célebre demais, cara! Boa, boa. E todo ano ela faz umas três vezes alguma massa que é servida dentro do pão italiano ou um peito de frango recheado, qe é sempre o melhor que ela comeu na vida dela. E eu curto quando ela fala "a meninada" e "o maridão".
Jacqueline: Ela adora receitas diferentes, cara. Só quer ser sofisticada, mas acaba ficando é brega demais. Outra receita que ela faz todo ano é um pedação de carne recheada, lagarto, sei lá. Aí ela ensina aquela amarração com barbante. E o "chama os cachorros, Cesinha!"... Esse Cesinha já deve ter sido demitido faz anos e ela continua chamando o cara...
Luciana: Ei, ei. Mas tu viu o dia em que um poodle MIJOU nela? mermão, esse louro josé não se controlava!





Jacqueline: AHAHAHAHAHAH!!Não tinha visto!! ahahaha "Por isso que começou a esquentar... ele é grande, né..." AHAHAHAHAHAHAHAHA. O Louro José se acabando!
[larissa]: Tô sacando que vocês tão querendo fazer um empreendimento sem a minha pessoa. Olhe, Luciana, vou acionar os meus contatos e tu vai ver só, bixinha!
Luciana: Que isso, Láris. Basta tu entrar no ramo dos trabalhos manuais, cara. Aprende aí, a talhar na madeira. Ou então a fazer paisagem de areia na garrafinha.
Jacqueline: Paisagem de areia na garrafinha já é judiação demais...ahahahaha
[larissa]: Vou aprender a fazer COLETES com crochê e anel de lata de refrigerante.
Luciana: Tu pode aprender a fazer cocadas de vários sabores. Maracujá, chocolate, coco queimado...
Jacqueline: Ai, cocada de maracujá é uma delícia. Faz em cima de papel de pão, viu? Aí, na hora de vender, a gente só faz cortar os quadrados e pronto.
[larissa]: De pão, é? Pode ser em outro papel? É que papel de pão acho que rasga...
Jacqueline: Não, rapaz, é papel de pão mesmo. A Dona Lourde, vizinha da minha mãe, fazia no de pão. Ela preparava a massa da cocada, aí ia despejando os toletinhos no papel, estendido sobre a mesa. Aí ficava lá até endurecer. Depois é só cortar com a mão mesmo... a cocada fica grudada no papel, sacomé? Mais prático e tal.
Luciana: Toletinhos?!
Jacqueline: Eu não achei outra palavra, teve quer ser toletinhos, ó.
Luciana: E a gente tem que fazer alguma coisa com aquelas folhas de gelatina. Eu acho lindo trabalhar com aquilo.
Jacqueline: A gente pode fazer tortinhas de banana, já que morango é caro. Aí derrete as folhas de gelatina e coloca em cima, pra dar o brilho. Aproveito que vou na Ceasa comprar a beterraba e compro também as bananas.
Luciana: E a gente pode fazer tortinhas de frutas regionais, né. Siriguela, por exemplo.
[larissa]: Rapaz, na Ceasa ninguém compra beterraba não... Espera até duas da tarde pra tu disputar uma beterraba com os transeuntes, má. Aproveita e toma o sopão social com os restos da XEPA.
Jacqueline: Tortinha de siriguela deve ser um espetáculo! Tá na época de siriguela? Sei que tá na época do caju, a gente pode pegar as castanhas e fazer chaveiros, né? Imitando cabecinhas de sertanejos. Mas tu acha que é mesmo uma boa opção disputar as beterrabas? Dá pra economizar mesmo. Com o dinheiro que sobrar, eu pago a topic.
[larissa]: Dá pra economizar na topic também. O ruim vai ser ficar com o pé rachado, mas depois tem jeito...
Luciana: Topic nada, cara. A gente vai é de TREM. E a gente vai é em pé, na porta aberta, tomando brisa no rosto, com as sacolas cheias de siriguela.
[larissa]: "brisa"!
Jacqueline: Temos que tomar cuidado só pra não cair nos buracos de ferrugem, porque o trem não é muito novo. E vamos chupando siriguela e rebolando os caroços nos trilhos.
Luciana: Não, Jaq. A gente guarda o caroço da siriguela pra fazer um artesanato, né, cara.
[larissa]: Claro, claro! Dá pra fazer uns colares étnicos e tribais com o caroço.
Luciana: A gente pode aplicar os caroços de siriguela naquela mandala da Ana Maria Braga, feita de CD, pra pregar na parede.
[larissa]: Isso, isso... Ou então guarda pra fazer guirlanda. Vocês sabem, o natal está chegando!
Jacqueline: Vou fazer um curso pra aprender a fazer um porta-chave de madeira, com formato de casinha. A gente tem que estar sempre se aprimorando, em busca de novidades.
[larissa]: Eu voto na pitomba. Jac, um suco de pitomba deve ser mó sucesso. Não tem concorrente no mercado. Aproveita! E faz a casinha com palito de picolé pardal.
Jacqueline: Dindin de pitomba! (em off: eu já tentei fazer uma casinha de palito de picolé. Ficou parecendo uma caverna)
[larissa]: hohohohohoho (risada Nair Belo)
Luciana: Hahahahahahaha. E eu já fiz um porta-lápis de lata de leite moça com pregador de roupa grudado em volta. Bate!
Jacqueline: Bate!! Eu fiz um porta-lápis de rolinho de jornal e dei pro Renato! Mandei pelo correio, uma coisa feia daquela! Ahaha...acho que ele ainda tem, capaz de ter trazido quando casamos.
[larissa]: Jac, faz uma mistura de pitomba com graviola. Vai BOMBAR na praia do futuro.
Jacqueline: Pitomba com graviola e pó de guaraná. Junta com os ovos de codorna... O que vai ter de gringo comprando, achando que é afrodisíaco...
Luciana: Falando em praia do futuro, a jaq, que agora entende de massagem, pode abrir uma tenda lá, com aquelas cadeiras com um buraco no lugar de colocar o rosto. Massagear os banhistas suados com óleo, que tal.
Jacqueline: Vixe, meu sonho sempre foi ter uma tenda de massagem, ó! Passar as mãos pelas costas alheias, cheias de areia e suor, tentar falar italiano com os gringos... Meu sonho! Meninas, ficaremos ricas. A Larissa fica sentada na tenda, com uma bandeja cheia de empadinhas. Tem que aproveitar o espaço, né?
Luciana: E aí entra a nossa "seqüência de petiscos", han. Porque rodízio é coisa demodé. O último grito é a "seqüência".
Jacqueline: Claro, e nas mesas vai haver botõezinhos, um vermelho e um verde. Aí os clientes apertam pra dizer se querem ou não continuar com a seqüência. Do jeito que o povo adora novidade, vai lotar!
Luciana: É quase aquele controle remoto que dão pro público no Faustão, pra votar na dança no gelo. Tu já viu a cara de felicidade do povão, apertando um botão réi?
Jacqueline: Ahahaha...eles ficam animadíssimos com o controlerréi na mão! Parece o controle de TV que o Dino usava, na Família Dinossauro. Gigante.
Luciana: Ei, moças. Amei a reunião de hoje. Tô aqui me acabando de rir ainda! Cadê, cadê a GNT que não vê isso aqui?
Jacqueline: A GNT tá perdendo tempo e dinheiro, com aquelas mocréias do Saia Justa.



[solo de sax]



bob dylan, most of the time



link | 01:11 | |

18.9.06

Existia vida antes do you tube?

Superestimo muitos desses vídeos. Eles me fazem observar o horizonte com um outro olhar, refletindo sobre a vida, as coisas, enfim, o vento e uma série de outras subjetividades.

Esse, por exemplo, da Xuxa. God, fiquei imaginando que, no meu futuro programa retrô com cartinhas e receitas, jamais, JAMAIS as crianças terão vez e voz. Porque antigamente elas eram muito lentas, afff. E hoje, são prodígio demais. Invariavelmente exigem uma paciência descomunal, um desprendimento, uma elevação espiritual que eu, definitivamente, não tenho. Não brinco de paciência nem no computador.

Vejam o case Pedrinho Malta e o ex-Rique, de América. Uns malas, eu jamais os convidaria pra um churrasco, pra jogar bola na minha grama. Porque eles não iam querer, iam ficar importunando o povo na mesa dos adultos, falando dos seus "projetos" e loucos pra ouvirem que estamos admirados com sua esperteza. Aposto que iam querer provar cerveja, pra mostrar que eram grandes. Recentemente, Pedrinho Malta deu umas entrevistas pra Sonia Abrão dizendo que o personagem dele era um "presente", imaginem.

Não se contentando em ser talento mirim, ainda se espelha nesses atorezinhos politicamente corretos e insossos da Globo - que querem a todo custo sustentar o micro-papel de figurante da Malhação, que só aparece na trama uma vez por semana, varrendo um chão -, dizendo que qualquer personagem loser, sem falas e que não pega ninguém é [respira fundo, agradecido, os olhos comovidos] ... "um presente".

- Falando em crianças-prodígio, o que é aquela pivetinha saxofonista no Gugu? Analisem o potencial destrutivo de uma frase que contenha pivetinha + saxofonista + Gugu.




Mas enfim. Esse programa da Xuxa era a completa ambiência do inferno. Comecemos pelas roupinhas de tecido velho. Até a assistente de palco é mulambenta, bichinha. Aliás, eu deduzi que ela é assistente de palco por ser a maiorzinha, mas nada foi confirmado, né. A Xuxa, que durante anos carregou a vontade de ter cabelos longos e passou toda a carreira usando apliques cacheados longuíssimos a cada clipe e especiais de natal - e tinha que ter sempre uma ventania com véus e flores, pra jogar o cabelo - usa nesse vídeo um pitózinho sintético minúsculo, no alto da cabeça. E nem era na mesma tonalidade, observe.

Desde o início, a Xuxa tá uma pilha, de raiva da produção. O quadro da brincadeira só falta não começar. Aos 56 segundos, a Xuxa se estressa e perde logo a paciência, a póbi. Dá o mó empurrão na criança. Ao 1.11 seg, ela ARRASTA um pivete. Hilário. Fora que eu não entendi de jeito nenhum qual era o prêmio [3.03 seg]. Como sou de 1983 [ano do vídeo], não podia me lembrar disso. Melhor assim, um trauma a menos. Era capaz de eu ter crescido com a idéia fixa de não ter filhos, ainda mais depois de saber da existência de um suposto cordão umbilical que seca e cai, nos bebês. Alguém me diga que isso é mentira, por favor. É um nojo supremo. Mas esses pirralhinhos lerdos se pendurando no cenário, se jogando no chão, mal vestidinhos e cabeludos... ai. Vejo que sou vítima do medo. Isso. Vítima do medo. E vai a menção honrosa pra coletânea que Xuxa anuncia no final do quadro. Deve ser o disco do cão, que devem dar de brinde nas excursões ao inferno. Inclui até um tal de Conjunto ABSINTO. Que Meu Cãozinho Xuxo tocado ao contrário o quêêê.

Desde tempos imemoriais, eu era muito boazinha, sabe. Posteriormente, li na borra de café que sentimentos democratas e humanistas não eram coisa pra mim. Agora que manifesto publicamente minha porção intolerante, misantropa e chata [hahaha, isso era segredo, han!] - "oh, meu blog é uma terapia", eu diria ao Vídeo Show, se fosse atriz da Globo -, imagino que eu seria cruel e maligna com esses pivetes, sem pudores. Provavelmente, minhas paquitas sádicas jogariam essa criançada encapuzada no nosso cantinho da disciplina, um quartinho acolchoado, escuro e com insetos, se elas não entendessem a brincadeira depois da terceira explicação.

Acho que eu seria uma apresentadora infantil ao melhor estilo Jack Bouer.



- Bora pivete! NOW! NOW! NOW! Pega logo o pratinho da brincadeira! Who are you working for? Drop your weapon! NOW!



tiny dancer, elton john


[...]


Falando em purgatório, as histórias de viagem virão aos poucos, mas preciso compartilhar logo isso com vocês. Então. Volto falida à tórrida Desmanteled Land. Duríssimo, o meu retorno, quando constatei a triste realidade de deixar minha São Paulo. No avião, na madrugada, um grupo de cabas desmantelados se instala na poltrona de trás, ameaçadoramente, na calada da noite fria. Eu, sozinha, tão pequena. Desprotegida, escutava: "Bóóóóra, seu piloto, macho réi, decola logo isso aí!". "Éééééras, mas vai não, uma coisa dessa, bóóóra mááácho!". "Marré leeeento, viu. Dá-lhe vozão".

[Embora "dá-lhe vozão" não tenha nenhum significado aparentemente plausível nessa construção, os desmantelados sempre soltam a expressão no meio de alguma frase. Ou então: "Réééé, lião", que é o outro time de futebol local]



Depois do advento de Lost, nunca mais viajei de avião sem mentalizar uma série de coisas. "E se o avião caísse, eu conseguiria sobreviver na ilha com essas pessoas? Encontrar água, caçar, bolar um plano de fuga e lutar pela sobrevivência rodeada por uma vegetação exótica? Guys, where are we?" Não, eu jamais suportaria aquela gente em vida. Na aterrissagem, foi emblemático: um dos passageiros da fileira de desmantelados comentou com outro que não ia precisar, rrééé, passar pela esteira de bagagens, porque tudo o que ele tinha estava ALI - juro, eu não estava crendo que aquilo acontecia. E aponta prum SACO PRETO, desses de LIXO, com seus pertences. Era sua bagagem de mão. E eu só pensava em correr, correr.

Ah, a vida numa bolha. E eu, no último pau de arara, ligando meu sonzinho rocker no último. Mentalizando, entre lágrimas, o mantra do "a viagem será rápida e sem dor, só mais três horas". Óbvio que chutaram minhas costas durante o vôo. Analisei profundamente os prós, os contras e os in betweens envolvidos em meu retorno. Concluí que eu só posso ter ultrapassado minha cota de pecados.


- Mas, por favor, joguem minhas cinzas em Paris.


Observação:
nenhum animal foi maltratado na produção dos posts desse blog.


[Solo de berrante com Sérgio Reis]



tender, blur



link | 11:44 | |

16.9.06

Momento de frescura explícita
. tirem as crianças da sala .

[enquanto isso, na calada da noite...]



Lucy diz: [...] porque as miniaturas grandes do MSN 7.5 são feias, ainda. Já as do Windows Live Messenger são contornadas por um tracinho cinza finíssimo. Agora tu me pergunta: E a importância disso? E eu respondo: Nenhuma. É que eu sou assim mesmo, detalhista.
Lariê diz: Eu fiz o teste, mas tem tanta gente online, que nem compensa.
Lucy diz: Mas é lindo, que a janelinha fica com as fotinhas.
Lariê diz: Hahaha. Bicha besta!
Lucy diz: E as frasesinhas dos contatos, que antes eram naquele itálico feio, aparecem em cinza claríssimo.
Lariê diz: Ah tá. Pois é, no meu é assim.
Lucy diz: É, o meu MSN é lindo demais. Meu deus, quase enlouqueço usando aquele e-buddy pôdi por dois dias, por causa do bug que pegou meu MSN. Usando uma versão outsider do programa na minha própria casa. Sequer podia colocar foto, que o firefox não deixava, naaan. Isso não é vida. E tu viu que eu mesma me adicionei no msn? É pra ver como apareço pros outros.
Lariê diz: HAHAHAHAH. HAHAHAHAHH. Ai, céus. Tu leu uma Super Interessante que fala de gente psicopata? Que são inteligentes e tudo mais?
Lucy diz: Hum. O que tu queres dizer com isso?
Lariê diz: HAHAHAHAHAHAHA. Nadinha, eu sóó perguntei.

[solo de sax]

ricky martin, she bangs



link | 01:55 | |

14.9.06

Magical Mistery Tour
Orgia, ação e vandalismo estético.

Em mais uma de suas viagens fantásticas com Paul McCartney a bordo de um ônibus psicodélico, Lucy, 23 - jornalista, intelectual, comediante, enfant terrible, low profile, backing vocal de rock´n roll, colecionadora compulsiva de bolsas, dubladora do david bowie, overloquista míope e vendedora de dindin de ki suki de uva pra pagar as contas da viagem -, conheceu a bucólica Nikiti de André "Mocotó" Marques, foi atingida por areia de macaco no zoo do Rio de Janeiro, foi convidada a conhecer a Rocinha às três da madrugada por nativos err, exóticos e impulsivos, foi a Paris e teve seu livro autografado por Michelle Perrot [tá, mentira. Mas ué, ninguém conhece o autógrafo da Perrot mesmo... poderia perfeitamente forjar], queimou a pele de frio em Florianópolis, decidiu que comprará seus futuros móveis em Campinas, conheceu a Björk na Islândia [tá...], quase morreu de congestão com o sanduíche nababesco de salaminho com provolone do mercado de São Paulo, superou os medos e traumas e comeu pastel de FEIJÃO PRETO em Santa Teresa [aí é verdade, juro] e decidiu que vai votar em Afif Senador, em São Paulo.

- Ué. Porque gostei do nome. A.f.i.f.

E outra expressão que me faz rir um dia inteiro é "morder a fronha".
Já ouviram coisa mais engraçada que isso?

[...]

Pois é, gente. E...




- Opa, opa! Ela vai contar tudo, tudinho, mas...
só depois dos comerciais!




rolling stones, look what the cat dragged in



link | 23:23 | |

10.9.06

Dona Maísa lançou o desafio e cá estou eu. Tá, na verdade, não é exatamente um desafio eu me etiquetar. É só dar uma olhada no meu modesto profile ao lado, han. Mas a gente não pode deixar de responder ao chamado de uma mulher com uma pele daquela. :) Fora que minha personalidade permite atualizações muito constantes.

- Desafio mesmo, é eu me resumir!

Anyway, abstraiam uma série de chatices que eu confesso. Eu também sou engraçada e legal, vocês sabem.




- Urgente. Nunca consegui ter só um emprego, fazer só um curso, escrever um texto de cada vez, abrir só uma janelinha de Firefox, colocar só uma pulseira, ler um livro sozinho, falar de um assunto só, comer só um Bis da caixinha. Tem que ser tudo, ao mesmo tempo e NOW!, como diria Jack Bouer. E precisa sair bem feito.

- Intensa e sensível. Chorei com o livro Meu Pé de Laranja Lima [peraí, alguém não chorou? Silêncio no estúdio] e com um poema doce da Ana Cristina César, que não conto pra ninguém qual é. Digo que era coisa banal. Mas são essas as mais significativas - aquelas imperceptíveis aos olhos das multidões. E rio das piadas mais desacreditadas. Quando tenho raiva, é raiva mesmo. Quando gosto, é de verdade e sou profundamente fiel, feito um cão [beagle] de guarda. Mas gosto de atenção e gentileza. Tenho poucos amigos-amigos e muitos colegas, mas é tudo gente muito selecionada e especial em muitas medidas. E não pisem gravemente na bola comigo, porque as possibilidades de serem perdoados nas próximas cinco encarnações são praticamente nulas. E as possibilidades de ter seu nome costurado na boca do sapo cururu são imensas. Tá, eu até perdôo. Mas esquecer, jamais.

- Bipolar. Antes, não gostava do meu cabelo nem de ser chamada de Lucy, paroxitonamente. Hoje, amo - mas só me chama assim quem eu deixo. Gargalhadora. Chorona. Rabugenta. Taxa baixa de glicose no sangue, mesmo sendo ta-ra-da por docinho. Insone. Dorminhoca. Odeio barulho e silêncio. Observadora, mas com a cabeça no mundo da lua. Amo ter amigos, mas não sou de me apegar às pessoas - tento e consigo em uns 25% dos casos.

- Chata. Autocrítica compulsiva e perfeccionista às últimas conseqüências. Exijo educação. Fuja de mim, se você é uma pessoa freak e que faz questão de ser bizarrinha ou faz algum barulho repetitivo, como dedos estalados, giz rangendo no quadro-negro, pé tremendo ou batuque de caneta na mesa. Misantropa. Nutro pequenos ódios e fico estressada por antecipação, com uma série de coisas que, às vezes, não têm a menor possibilidade de acontecer. Não me toquem nem mexam no meu cabelo. E não gosto de gente fresca. Pratos regionais? Ervilhas? Cajá? Canela? Ovo? Noooo, thanks.

- Medrosa. Medo de ficar feia [completamente míope, não uso óculos por achar que vou ficar mó mocréia], de ficar sozinha, de ficar cega, de depender de outras pessoas. Medo de ficar doente. Medo da dor, de decepções e de confiar demais. E de deixar de confiar. Medo de mudanças muito grandes. Medo de mar, de multidões, de lugares fechados, de ser enterrada viva, de altura e de tudo isso junto.

- Pessoa esquecida que adora se lembrar. Guardadora compulsiva de papel e de memórias de todos os tipos e tamanhos: sempre acho que, um dia, precisarei daqueles folderes, daquele texto da faculdade, daquele rascunho, daquela música, daquele filme, daquele brinco quebrado, daquele ingresso de show, daquela passagem antiga de avião, da florzinha seca. Pastas e caixinhas - ai, minha rinite crônica - se acumulam no meu quarto, muito organizadamente. Em minha bolsa, sempre haverá um bloquinho, pra eu anotar idéias de textos e um mundo de compromissos. Não vivo sem papel, sem livro, sem escrita, sem boas palavras. Me apego a qualquer bilhetinho véi amassado. Inacreditável, mas tenho todos os canhotos de cinema dos últimos seis anos de filmes.

- Prolixa, procastinadora e uma série de outras palavras difíceis. Aliás, também adoro inventar palavras e rir de algumas sonoridades, como totem, remelexo, fandango, bruaca, jequitinhonha, debêntures, cucuruto e merluza. Quando pequena, achava que era passar desodorante nas "zacsilas".

- Há 23 anos, gosto de leite com Nescau todo dia de manhã.



Etiquetem-se, people: Jac, Charles, Tiago, Brú e . Repassem a corrente. Uma pobre jovem de Ohio não passou adiante e, no sétimo dia, comeu uma sirigüela contaminada por césio radioativo e morreu.


[será que esse post foi emo?!?]


travis, be my baby



link | 23:48 | |

8.9.06

Se Maomé não vai à montanha...
Pó. Axé. Ruínas.

Você, enfim, finalmente se exila voluntariamente em Nova Iorque. Caminha no Central Park, come aquelas baked potatoes maravilhosas, vai a shows incríveis que ocorrem de surpresa a céu aberto, anda por aquelas ruas lindas repletas de neve e skyscrapers, corre o risco de esbarrar com o Brad Pitt ou a Britney Spears derrubando o bebê na rua a qualquer momento, tem acesso à vanguarda da arte, moda e ipods, ganha em dólar e vive uma existência plena em cosmopolitismo, luxúria e rock´n roll, ao lado da loja de cds Virgin Megastore. Ou seja,você é feliz.

Então, repito, você é uma pessoa feliz e a Globo inventa o Brazilian´s Day, com a participação de Leonardo [ai, ele chegando de surpresa em casa, brejeiro, naquele comercial do sabão, grrrr] cantando "Sinhá Moça minha guia, minha estrela noite e dia... La la la la la la la..." e da Ivete "abalou, sacudiu, balançou" Sangalo e transforma seu adquirido conceito de vida saudável, seus novos valores estéticos, em pó, axé e ruínas. Não, ninguém precisava estragar seu sonho e fazer você, sortudo brasileiro imigrante que mora em Nova Iorque, recordar suas supostas raízes. Eles ainda chamaram o Mocotó e o Murilo Benício pra fazer discurso engraçadinho no palco, olha que uó. Numa reportagem do Fantástico, um brasileiro malemolente exibia, com orgulho, a barraquinha do CHURRASQUINHO DE GATO. Aliás, sempre é a mesma coisa, o repórter descontraído pergunta "É de gato mesmo?". Se fosse eu, bruta como sou, responderia, ao vivo: "É, porra. Prova aí, animal". Isso tudo ao lado das mulatas saracoteantes eternamente vestidas de penas e biquíni com franjinha de strass.

Acho que, na mala, elas só levam biquíni. Durante a Copa da Alemanha foi a mesma coisa. Faça chuva, faça sol, chova canivetes, elas tão lá, de biquininho. Na bagagem, cavaquinhos, biquínis e sandálias de passista. Imagino a vida opressora dessas mulheres, que acordam, tomam banho e café, colocam aqueles sutiãs de arames, suportam o terrível som do cavaquinho um dia inteiro e saem pra "representar" o Brazil em eventos. Eu nunca vi uma mulher dessas parada, só em movimento, se balançando pra algum cara de calças brancas e blusa da seleção, que se ajoelha e roda um pandeiro com um jeito moleque de ser. Por isso é que somos um país emergente e nossas exportações de suco de laranja aumentaram apenas 46% no governo Lula.

- É, pessoal. Definitivamente, eu não agüentaria essa vida de mulata de samba. Preferi, apesar dos convites e de meu remelexo*, fazer um mestrado.

E essa concepção de brazilian é muito generalizadora. Eu, pra citar um exemplo aleatório, sou uma das pessoas menos brazilian que conheço e me encaixaria muito melhor no, sei lá, United Kingdom´s Day. Só com bandinhas da cena rocker, com caras drogadinhos, androgininhos, posers e blasés, de guitarrinha, adidas e cabelinho assim, jogado no rosto.



- Lucy, tive uma idéia. E se você passasse o day inteiro aqui em casa?


* remelexo é uma palavra engraçada, assim como totem.

travis, flowers in the window



link | 09:46 | |

7.9.06

Brownies



Ingredientes

Ingredientes para a Massa:
1 xícara (chá) de manteiga
1 xícara (chá) de chocolate meio amargo picado
1 xícara (chá) de açúcar
4 ovos
½ xícara (chá) de nozes picadas
1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 colher (sopa) de fermento

Ingredientes para a Cobertura:
2 xícaras (chá) de cream cheese
1 xícara (chá) de chocolate meio amargo picado
1 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro

Modo de Preparo

Massa: derreta o chocolate e a manteiga e deixe esfriar. Numa batedeira, bata os ovos, o açúcar e a baunilha. Junte o chocolate derretido, misture levemente a farinha de trigo, as nozes e por último, o fermento. Coloque a massa em uma assadeira e asse em forno pré-aquecido a 200°C por cerca de 25 minutos.
Cobertura: em um recipiente em banho-maria, coloque todos os ingredientes, mexendo sempre. Depois cubra a massa.


- Mas, Lucy... e se eu não tiver chocolate em casa?
- Ué, querido telespectador. Se mata.



ricky martin, she bangs



link | 21:53 | |
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