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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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23.4.06

Sobre a criação dos filhos tenros: Teoria do Sundown Roxo
Dos criadores de "Rabugenta, demasiado Rabugenta".



Just a perfect day e eu tava vendo um programa matutino, desses de savoir vivre, na tv. Daí, os apresentadores estavam ensinando a congelar sanduíches e coisas pra agilizar o preparo da lancheira das crianças pela mãe, que é uma mulher-moderna-e-repleta-de-atividades-com-tripla-jornada, tal. Eis que uma das dicas era fazer um suco concentrado, despejar em forminhas de gelo, congelar. Na manhã de preparar o lanche, a mãe jogava dois cubinhos desse gelo prático, um pouco de água e açúcar e pronto, era só a criança chacoalhar um pouco e o suco tava ok pro lanchinho, great.

E a apresentadora:

- É, as crianças vão se divertir muito fazendo isso!

Hum, e eu pensei, cá com meus botões [vai, rabugenta!]: mas que espécie de diabo de alegria era essa, que a criança poderia vir a usufruir, ao balançar a porra duma garrafa térmica de lancheira pra misturar um reles suco no recreio?? Olha, honestamente, eu jamais conheci pivetes suficientemente patéticos que se divertissem com uma asneira dessas. Gente, concentração. Mas que sandice, que apresentadora sem noção, cara. O povo de tv sempre é meio out of the world, né, uma coisa meio, meio... meio Hebe. Sei lá. Um estilo tipo "Toda vez que vou a Paris, sempre almoço no bistrô tal e você, telespectador que ganha meio salário mínimo?". Eles sempre dão umas dicas tão práticas para o dia a dia de gente como a gente. "Enrolem os carpaccios, um por um, em filme plástico importado. Retire o ar do pacote com essa bombinha especial também importada e coloque no freezer embutido na sua cozinha tok & stok com detalhes cítricos".

Sim, mas voltemos aos pivetes. Os apresentadores parecem que também não têm noção alguma do que é uma criança. O povo generalizou o lúdico, banalizou total e agora estamos aí, com esse monte de sacanagem que fazem com as crianças e a pior safra de brindes do McDonald's de todos os tempos [olha, há alguns anos eu comprei um McLanche só porque vinha um McAquaplay lindo e massa, ó, vou nem mentir].

- Hum, tesouros sem preço, não me olhem assim.

Hum, falando em brindes, me lembro de uma série de coisas inúteis que os fabricantes querem tornar moda e forçam a barra para que o pivetinho colecione. Coisas que devem ficar logo grudentas, evidentemente, como a garrafinha de um refresquinho que vira cofrinho que eu vi numa propaganda dia desses. ÓBVIO que, mesmo lavando, fica grudento por dentro. Sempre sobra algum resquício suficiente pra atiçar a cobiça das baratas, sempre tão sorrateiras e noturnas [soturnas?]. E lá vai o pirralho colecionando tampas melecadas de danone com hologramas, papel grudento de bala com horóscopo, caixa ex-congelada [e, portanto, molhada] de empanados de frango com um passatempo atrás, saquinho de Ruffles virado do avesso e assim por diante... lixos, lixos. E a criança sempre insiste pra mãe comprar aquele sucrilho horroroso porque vem um super troço inútil de recortar e montar no verso na caixa, o que deve entretê-lo por aproximadamente 15 minutos. E o pirralho come o sucrilho pra fazer jus só na primeira vez, até diz pra mãe otária que achou gostoso - depois abandona a caixa recortada no armário até os sucrilhos amolecerem e irem pro lixo e tal. The same old story.

Já vi um comercial com aquelas tatuagens de chiclete [tem gente que insiste em chamar CHÍCLE, mas enfim, não sei de onde tiram isso] em que o pirralho tatuava na testa. NA TESTA, eu disse. Mas afinal, esse pivete era idiota ou o quê? Na minha infância, tinha um menino na minha sala que adorava tatuagens de chiclete. Ele tatuava tudo o que podia, nos braços e nas pernas. Os amigos davam todas as tatuagens que juntavam pra ele - e o pivete, aos, sei lá, 6 anos, mais parecia o Seu Madruga, sabe. O braço meio encardido de tanta tatuagem, aquela aparência headbanguer. Era um tanto quanto err, pitoresco.

[Hahaha, lembrei daquele episodio de Carrossel no qual o Cirilo ficava se tatuando com tatuagens de DROGAS. Sei lá qual era a droga, só sei que o Jorge Del Salto tinha alguma coisa a ver - ele era sempre tão mau e sórdido. Mas o coitado do Cirilo ficava muito maluuuuco na aula, ó. E violento. Era massa. Sem trocadilhos, mas é o troféu Dark Side of the Force infantil. Pô, e tinha aquele episódio em que ele tentava se pintar de branco pra conquistar a Maria Joaquina... haha, Carrossel rulz]

[...]

O lance é, a meu ver, ocupar a cabeça do pimpolho com todos os tipos de entretenimentos e bugingangas possíveis, pra incentivar não sei o quê. Sei lá, deve ser aquele papo de psicomotricidade ou algum microponto de algum hemisfério cerebral. Mamãe nunca me comprou essas coisas, eu gostava mesmo era de dar banho nas Chuquinhas ou fazer a Barbie flertar com uns caras e sair com eles na Ferrari da Barbie, tocando ABBA, claro. Ah, e eu também tinha uma caixa registradora com dinheiros de mentira e comprinhas que era super legal.



- "Eu gostava mesmo era de dar banho nas Chuquinhas", comove-se a pueril Lucy. [ei, acho que essa Chuquinha da foto é fake. Impostores.]


Hum, vai ver que é por isso que eu só adquiri 0.0005 grama de coordenação motora apenas aos 13 anos, quando eu saí do mundo do axé, encontrei jesus e aprendi a tocar violão fluentemente, influenciada por John e Paul e tal. Na verdade, eu queria um baixo, mas papai destruiu meus sonhos. "Você não tem uma banda e o violão é mais barato", he said. I cried. No fun. Aí, aprendi a tocar Wonderwall e, well, vocês já conhecem como termina essa história, dears. Não toco Raul, antes que algum engraçadinho me pergunte. Nem Stairway to Heaven ou Faroeste Caboclo nas rodinhas de amigos adolescentes em fase de auto-afirmação. Porque eu freqüento rodinhas de amigos de respeito e afirmadíssimos, ó, taí.

[...]

Não me conformo. Você vê por aí qualquer mocréia, qualquer capa de playboy por aí, qualquer figurante do Luciano Huck, qualquer mina do elenco-reserva de Malhação falando no TV Fama sobre suas aspirações e desejos de ser modelo, atriz, empresária e ter um... "programa infantil". Céus, que démodé. A Xuxa praticamente acabou e agora só se veste de branco nos programas. Parece a Simone, no Natal. Hum, e acho que a Carla Perez também queria ter um programa infantil. Medo.

Falando em Carla Perez, já estou até vendo as ações da mídia por ocasião da separação dela e Xanddy [alguém duvida que foi alguma numeróloga que mandou duplicar esse "D"?]. Carla, na Ilha de Caras, linda, com os dizeres: "Superei meus problemas: a 'loura', feliz na Ilha, mostra sua nova lipo e fala sobre o fim de seu relacionamento blábláblá". Gugu, sempre esboçando aquela falsa indignação respeitosa, repassando as cenas do casamento de Xanddy e Carla pra despertar as emoções mais recônditas. 35 pontos de audiência. "Carla, suspende o choro aí um momentinho. E agora vamos ver as notícias urgentes com o comandante Hamilton, no Águia Dourada!" "É, Gugu, chove em São Paulo..."

[...]

É o chamado Principio Sundown Roxo ou do Pirulito da Língua Azul... Essa sociedade de consumo vai lançando produtos a esmo, coisas ruins, como a jujuba azul, a maria mole e o torrone, na confiança de que sempre algum pivete vai curtir. Grande erro, ledo engano. As pessoas acham que a pirralhada se "diverte a valer" fazendo altas bobagens. My balls, my eggs. Tipo as esponjas pra banho em formato de smiley, de nuvem, de tarântulas*, ou sei lá mais de quê. Cara, essas coisinhas divertidas são péssimas. Sempre tem aqueles pedagogos baseados em sei lá, textos póstumos de Paulo Freire, dizendo que esses trecos desenvolvem o lóbulo esquerdo do cérebro, área responsável pela fala, motricidade, o ato de plantar bananeira e os sonhos. E tome cientistas checos que se inspiraram no comportamento dos babuínos do Senegal para a pesquisa.

[Nota Mental: eu preciso formar uma banda com esse nome. Babuínos do Senegal.]
*Tarântula é uma palavra legal, né. Repitam. "Tarântula". Cool.

Pois é. Aí, dona de casa, o seu filhão cresce e se torna um adulto obeso, flácido, burro, inseguro e loser, com um adesivo no carro "PILOTADO POR MIM GUIADO POR DEUS" e você não sabe de onde veio essa tragédia humana.

- Pense, prezada mamãe. Reflita sobre quantas vezes ele se pintava de Sundown Roxo na infância e os amiguinhos riam dele na praia, jogavam ele no meio da roda, gritavam "berinjela, berinjela!!" e tacavam areia no seu filho, o pobre e tenro Artur.

search and destroy, iggy pop



Hum. Na quinta-feira me pararam e disseram que eu tinha a maior cara de RUIVA.



- And Moscow girls make me sing and shout.


looking for a kiss, new york dolls



link | 23:05 | |

15.4.06

A verdade por trás da falta de atualizações de FlowsInc.

Good morning, angels!



Lucy, 23, degustadora de capuccinos e presa aos grilhões dos estudos de pós-graduação durante o feriado, revela em entrevista exclusiva que nunca, jamais, em hipótese alguma, compra o primeiro produto exposto na prateleira.

"- Hum, eu sempre pego o penúltimo, o lá detrás, porque os da frente sempre foram usados, experimentados, apertados, comidos, abertos, passados no corpo alêi, whatever".

A constatação definitiva se deu após eu abrir o primeiro desodorante Dove da prateleira e, estarrecida, encontrar um cabelalêi na tampinha. Irrrgh. Aquelas Lojas Americanas são um nojo. Os hidratantes já vêm vazando e você pega na maior vontade, sem saber, e se meleca toda. E sempre têm uns Sonhos de Valsa amassados perto do caixa. E sempre me questiono os porquês, as aspirações, as motivações e a sabedoria interior que conduzem uma pessoa a esmigalhar vorazmente um Sonho de Valsa num shopping aos sábados. Será que é terapêutico?

Fui organizar o meu perfil aqui do blog um dia desses, quando me deparei com a descrição "jornalista, mestranda", tal.

TÓIN!

- Mestranda?!?

Pois é. Então, resolvi ler a enorme pilha de textos que passaram pra gente, que abrangem de hermenêutica relacionada à historicização do conceito de História à transferência de sepultamentos das igrejas maranhenses para os cemitérios fora do perímetro citadino na primeira metade do século XIX. Aí você pergunta: que diabos é hermenêutica? E eu respondo: eu sei lá. Hum, mas confesso que tô gostando de verdade. Ué, não me olhem assim.
É, fãs, enfim, tive que declinar a invitation de Noel, que me chamou pra conhecer a nova casa de campo dele nas redondezas de Londres, em seu rancho "Lucy in the Sky", para ficar de aluninha em casa estudando. Imaginem que fui tratada como uma verdadeira E.T. por 95% das pessoas que me fizeram aquela pergunta FATALMENTE CHATA que nos persegue em qualquer início de feriado minimamente prolongado:

- Pra onde você vai viajar na semana santa?

Obviamente, isso é ensejo para um post com uma listinha básica.
"- Ecce Listorium". [Latim pascal livre traduzido para português livre: "- Taí a lista"].


Eis o Flows´Top Ten de chavões uó na Semana Santa, narrados por Cid Moreira.
[Flows e você, tuuuuudo a ver]


10. As paixões de cristo mambembes, encenadas por gente de garra pelos interiores do Brasil.

9. A pergunta "pra onde você vai na semana santa?" Ai, my eggs. [sem trocadilho]

8. O sempre exorbitante preço do bacalhau e as opções para "driblar" os gastos e fazer bacalhoada sem bacalhau, pra não "fugir à tradição do brasileiro".

7. "O brasileiro" que sempre deixa para comprar o pão de coco e os ovos quebrados "na última hora".

6. De um modo geral, minha rabugice me orienta a odiar qualquer coisa com "o brasileiro ________ pra última hora" e, aliás, qualquer reportagem que fale sobre as supostas "tradições do brasileiro", como o costume de comer aquele pão de coco terrível. Desculpaí, se alguém curte pão de coco, se você não fica um dia sem comer pão de coco, se o pão de coco está presente na sua vida desde o período posterior à amamentação, mas enfim. Que é ruim, é.

5. Os filmes épicos do Jesus com a Jaqueline Bisset, que começam na sexta feira e seguem até o domingo da páscoa. Eles podiam ao menos inovar e passar aquele legal, A Vida de Brian. Tem também um com o William Dafoe e uma ponta com o David Bowie que também é artisticamente aceitável. Ahh, ou passem o Esqueceram de Mim, que lembra Jesus indiretamente e tal, por ser natalino.



- A trilha sonora sugerida por Flows, imperdível para a reflexão na semana santa, é de Romuald, com o sugestivo e profano título "Attache-moi".


4. Artesanatos feios com as "tradicionais" lembrancinhas de páscoa para presentear os amigos ou revender, como coelhinhos de papel machê / barro / biscuit / chocolate / gravetos rupestres / acrílico / urânio / húmus. Ah, claro, e não podemos esquecer de que "a criançada" também pode participar e se divertir a valer. Porque se sujar faz bem, já dizia a propaganda do sabão.

3. As matérias com os manés CHOCÓLATRAS. Eu odeio quem se intitula chocólatra, eu já disse isso? Oh, é ridículo. "Sim, eu já declarei pra uma revista que eu CHEIRAVA chocolate pra passar a fissura, quando eu tava de dieta e não podia comer" (Galisteu, Adriane. In: Charme. SBT, São Paulo: 15-04-06). Mas que coisa ridícula. Eu teria vergonha de admitir que já cheirei chocolate um dia, olha só que lamentável. E as leitoras da Capricho, fãs da novela Rebelde e telespectadoras de Malhação ainda acham isso cool e copiam. É que nem gente que acha chique fazer terapia e faz todo um hype em torno disso. Todo mundo acha style cultivar algum tipo de neurinha. Hum, deixa pra lá.

2. As matérias à la Globo Repórter, com dados inverossímeis colhidos por cientistas cambojanos em suas experiências com camundongos sobre "a química do chocolate, suas endorfinas, o prazer que ele proporciona, sua relação com a redução dos índices de prisão de ventre entre os babuínos do Senegal". Ohh, come on. Vocês gostaram de "babuínos do Senegal"? Eu meio que inventei isso agora. Achei legal a idéia.



- This is a Babuíno.





1. A procissão de repórteres em Jerusalém refazendo pela 2006ª vez seguida, em reportagem inédita, o caminho de cristo até o monte das oliveiras e contando da emoção do calvário. Ah, e rola sempre alguma divulgação da nova pesquisa com aquele paninho sujo do Santo Sudário ou a descoberta de mais uma revelação bombástica contida em algum papiro de evangelho apócrifo.


radiohead, lucky






Shorts

- Falando em shorts... Bermuda jeans colada com salto agulha é demais pra mim, é fashion victim mesmo. Aiaiai, é muito Kolene rolando solto. Um estilo de vida.
- O primeiro bombom que pego na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o Mundy avelã.
- Registrando o meu repúdio a quem escreve "tod@s" nos emails politizados politicamente corretos.
- A propósito, odeio programas pra "galera jovem, descolada e consciente" que promovem coisinhas interativas e juntam internet, música, mensagens miguxas de celular, noticiários irrelevantes. Tem programa de clips por aqui onde o que você menos vê é o clipe, que fica imprensadinho num cantinho de tela, que fica cheia com o horóscopo de hoje, as mensagens lilases dux fofuxus conscientes huahuahua e a sempre surpreendente previsão do tempo em Fortaleza.
- Destaque dramatúrgico do mês e troféu Dark Side of the Force vão para a performance do Maurício Mattar recebendo a pomba-gira do Guilherme "Chatô" Fontes na novela A Viagem.


... e, hum, tô AFÔNICA. Tomara que não seja amidalite de novo, fruto dessa minha vida desregrada. Da última vez, tive que ficar 72 horas sem falar. Imagine, EU, TRÊS DIAS sem falar. É uma tragédia, uma hecatombe*! Mamãe, esconda os giletes do banheiro, hein. Ok, vamos fazer um trato. Se eu não postar novamente em 48 horas, chamem a policia, os bombeiros, os paramédicos, o SOS Criança, o Gianechinni suado.


* eu sempre quis usar "hecatombe" no blog.

- E, apesar de fragilizada pela enfermidade, eu não te venderei minhas ações da Belíssima só porque você é fatal e gostoso, Marcelo Anthony. Não adianta me beijar a força depois do jantar, não adianta.




- É, cara, tira seu cavalinho da chuva, senão vai ter que se entender com a gente. E a gente é mau e é rockstar.



radiohead, the bends



link | 16:19 | |

9.4.06

Das críticas construtivas - Parte 7.549

Good morning, angels!

Na semana em reparei o quanto "Debaser", dos Pixies, é ruim [!!] e na semana em que tivemos que suportar o infeliz retorno daquela dupla de atrizes pseudo-engraçadinhas no dispensável "Sob Nova Direção" [ouvi dizer que os índices de suicídios após o Fantástico aumentaram absurdamente], Lucy, jornalista e rockstar, 23, volta ao blog para proporcionar um alento às rotinas maçantes de seu séquito de leitores assíduos e externa hoje suas polêmicas impressões acerca do humor cearense.

Ah, e eu não precisava ter visto WANDO e o "Leão" Gilberto Barros semi-nus nadando no sábado passado em Angra dos Reis. Afoguei minhas mágoas femininas em finas torradas passadas no azeite e em ervas finas e com patê de ricota, acompanhadas por uma xícara de capuccino morninho.

E preciso compartilhar isso com vocês: nunca havia notado que eu poderia mudar a fonte do bloco de notas. Sei que é tolice, mas fiquei feliz, como criança que ganha tortinha de limão - pra mim, tortinha de limão, ó, beira a perfeição gastronômica -, quando transformei a programação de um site inteiro que estou construindo para VERDANA 10.

- Yeah, tesouros sem preços.

E vamos topar tudo por dinheiro no palco, oêê.

Obs.: Rei Majestade, com Silvio Santos é um... achado. Só falta o Guilherme "Planeta Água" Arantes, pra completar a constelação.

[...]

Enquanto isso, eu estava tomando café da manhã and having so much fun, vendo um programa local de culinária: "Olha, gente, a diferença entre charlotte e pavê é que charlotte é feita com biscoito champagne e a gente desenforma o doce. E o pavê é montado com bolacha maisena e a gente não tira do 'piréx'. Mas, como cearense adoooora inventar, vamos preparar hoje uma charlotte com bolacha maisena no lugar do biscoito champagne e colocaremos castanhas de caju no lugar das nozes".

CARA, então, é o seguinte... Melhor nem dar nome aos bois ou às charlottes, então. Chame de mousse de uma vez. Sim, e no lugar do chocolate em pó, coloque Sustagem Banana Light que fica, tipo assim, IDÊNTICO. É como fazer suco de carambola, sendo que, se você mora em Cuiabá e na sua cidade não há carambolas ou as demais frutas, você substitui por tomates secos que dá no mesmo.

- Humanos, essa espécie estranha.
- Aqui é só esculhambação, tia.

[...]

Pode ser que os mais bairristas fiquem de cabelo em pé. E essa polêmica é, certamente, como jogar um boi num rio de piranhas. Mas eu não suporto esse humor local feito por gente travestida. Nada contra travestis - me dou super bem com os New York Dolls, com o Lou Reed e a Rachel, enfim, nada a ver, tenho discos e tudo. Mas, de cabeça, me lembro de apenas seis humoristas "da terra" que tiveram noção do ridículo e a decência de não se trajarem bizarramente de mulher para alcançar sucesso - sendo que apenas Chico Anysio e Tom Cavalcante garantiram seu lugar ao sol [como bons cearenses que são]. Papai e mamãe, até hoje, me matam de inveja, por terem ido a um show genial do Chico Anysio por aqui, em que ele desfiava um rosário de palavrões e impropérios engraçadíssimos. Deve ter sido lindo, mas eu não pude ir por causa da tenra idade.



- Chico dando uma chance ao imberbe Tom, na TV sei lá, Tupi.

[o fato de Chico estar vestido de mulher nessa ocasião é mera casualidade]


Sim, mas os outros quatro humoristas que não se vestem de mulher são:

- Eu já vi muita coisa idiota (god only knows), mas nada se compara a Lailtinho Brega, que particularmente considero o mais inteiramente cafona e constrangedor de todos. Gordo, loser e com um terno de paetês dourados, conta aquele tipo de piada em que todo mundo fica em silêncio depois - e, se ri, é por consideração mesmo. Ou porque não entendeu. Ou porque FINGIU entender;

- Adamastor Pitaco, o auto-intitulado "Lindão", que fazia uns bicos no Gugu e sumiu depois de tocar a "melô" da grávida / da virgem / do corno / do viado / do homem impotente / da mulher de tpm / da gorda / do pintinho que explodiu e do raio que o partiu por 678356078 domingos seguidos;

- Falcão, que é, bem dizer, nosso Eri Johnson: artista avulso que não grava disco há anos e vive sendo convidado para júris de concursos musicais nas tardes de sábado, entrevistas e enquetes genéricas, passeios por São Paulo com a Sarah do Vídeo Show, participações em depoimentos no "Arquivo Confidencial" do Faustão e até em mesas redondas sobre futebol. Inclusive, o vi no domingo passado ao lado de Ricardo "Cigano Igor" Macchi, César "namorou a Angélica por sete anos e ela deu foi pro Maurício Mattar" Filho, Thierry "monocelho" Figueira e outras celebridades da segunda divisão, na estréia do novo programa do Jorge Kajuru, no SBT. [Só faltaram Filó, Carla Perez, Fafi Siqueira e Sônia Lima, pra se concretizar a visão do ostracismo...]

- E tem o Tiririca, a quem realmente admiro.
[comentários ofensivos ao Tiririca serão solenemente ignorados e deletados.]



[solo de bateria]


Pois é. Os humoristas travestidos locais fariam Ed Wood corar em termos de tosqueira, com suas próteses desproporcionais de bundas e peitos, roupas espalhafatosas e breguinhas, uma peruca roxa ou rosa e o batom sempre escuro e borrado. E eu sempre acho que aquelas fantasias fedem e são suadas. E desprezo essa estética mambembe. Eu não suportaria vestir aquelas roupas, ó. Se eu fosse drag, taí, eu seria cheirosa e me exfoliaria completamente após cada noite de maquiagem pesada, lógico.

O que acho mais pitoresco é que todo mundo dá a maior força para a perpetuação desse tipo de humor, do "jeito cearense de fazer graça". As piadas são batidas demais, o sotaque exagerado cansa - e o ato de estar travestido, enfim, não acrescenta nada à piada, a meu ver. Muitas vezes, nem é um personagem, é só mais um cara vestido de mulher. Hum, de mulher não, porque mulher não se veste assim. Sei lá do que eles se vestem. Mas para mim, o sujeito poderia contar perfeitamente a piada da galinha que foi atravessar a rua sem estar caracterizado bizarramente. E nem venham com o argumento de que "ahh, mas o público infantil AMA nossas fantasias, eles nos param nas ruas, nos imitam, é tão comovente". O povo que diz isso deve ignorar muito o fato de que todos já tivemos infância um dia - e, taí, eu era o tipo da piveta que não curtia 90% dessas coisas que os artistas dizem que "as crianças adoooram", tipo marshmellows ou jujubas azuis.

Apoiar isso, pra mim, é que nem apoiar o coral de mudos, o balé de paraplégicos, o personal stylist cego, as crianças calouras do Raul Gil e alguns músicos da terra: é óbvio e ululante o fato de que todo mundo tem medo de criticar e parecer politicamente incorreto, com receio de estar desestimulando o trabalho de gente tão esforçada que quer ser talentosa. Deveríamos, no entanto, estar conscientes de que todos temos limitações - tipo, o fato de o paraplégico não poder andar não o impede de desenvolver diversos talentos e trabalhos maravilhosos nem de ser reconhecido por isso: mas dentro da limitação deles. Mas o pessoal continua a manter o quadro de crianças de três anos que não sabem falar Pindamonhagaba no Raul Gil e continuam a fazer programinhas com elas porque acham "bonitinho". Intimamente, todo mundo sabe que criança canta mal pra burro e são ruins de doer. Tanto é, que nunca são elas próprias que cantam nos cds, sempre é um coro enorme de pivetes pra camuflar a desafinação. Me recordo de um grupo terrível, o Mulekada, em que as crianças eram tipo covers do TCHAN...
Coisa semelhante mesmo ocorre com alguns humoristas - e aí se repete o mantra: "buáá, é porque a Globo só dá chance pros artistas do eixo RJ-SP e a gente tem que dar importância e valor a quem vem do norte-nordeste..."



- Tsc tsc tsc...



Como se não bastasse, os humoristas locais deram cria e influenciaram o povo da Terapia do Riso, que são caras que fazem parte do YMCA ["Movimento dos Rapazes Criados pela Avó", em tradução livre para o português] - desmunhecaram de vez e dão faniquitos nos ônibus e vans que circulam pela cidade, vendendo cartões de "amor e amizade" [há alguns anos, comentei no blog que eram poemas eróticos e dos brabos] e pedindo doações para os projetos de que participam. E eles sempre falam com voz irritante e meio fanha, carregando ainda mais o sotaque - "Bóa taaarde, péssóal! Péssóaaal, eu disse bóa taaarde...!". E são, obviamente, muito caracterizados. Ou seja, um saco. Dificilmente eu riria de uma bobagem dessas - ainda mais num ônibus, cansada, despenteada e suada após a hard day´s night.

Sem querer ser uma pessoa spoiler e rabugenta, eu acho que eles têm que ser criticados sim. Porque TODOS os humoristas cearenses têm que ser caracterizados afinal? Até hoje, me pergunto porque não são feitas críticas mais pungentes a programas de humor ruins de doer e que insistem em sobreviver, feito o Zorra Total. Ohh, esse blog apóia a eutanásia para o Zorra Total. Coloquem um filme qualquer no lugar e os telespectadores agradecerão.
Honestamente, pra falar a verdade, eu preferiria que os artistas locais se inspirassem em programas de humor mais refinados, como Saturday Night Live ou Seinfield. E os músicos locais podiam tocar como Franz Ferdinand ou Patti Smith, e ohh, tudo seria tããão lindo. Mas ah, vá... Isso não existe, Poliana. Mas o que seria de nossa vida sem os sonhos, não é verdade, darlings. Tenho que parar de ler os marxistas...

Falando em sonhos...
... e, um dia, voltarei a São Paulo, em minha incessante busca por uma vida fácil, cool, tranqüila e sem os problemas que tanto afligem o cidadão urbano ocidental - com minha TV de plasma de 57 polegadas.

- Pena que lá ainda passa o Zorra Total.

suede, positivity


Antropologia canina

Porque cãozinho Pincher é assim. Ele só sabe latir alto e desesperado, com os outros cachorros mandando ele calar a boca - e ainda acha que é mais cachorro que o pastor alemão que fica acorrentado no quintal.

- Pinchers, essa espécie estranha.

radiohead, karma police


Curtas

- Vocês já observaram o clareamento dental que o Anthony Garotinho fez? Menino, nas propagandas do PMDB, eu não consigo desgrudar o olho dos dentes do cara. Foi um clareamento daqueles bem extremos, o centro óptico do Garotinho, hoje, são os dentes, sem dúvida. Um tempo atrás, Bom Jovi fez um bem parecido, ficando um efeito "branco na luz negra", no clipe de Everyday. Ah, vocês devem sacar.

- Shit happens: você está com toda a pressa do mundo pra pegar uma carona e tal. Mas, no caminho, resolve compras umas pilhas. Bem, eu tinha dito "toda a pressa do mundo", lembrem-se. Daí, na minha frente, um pivete está comprando um dvd do Ritmo Quente e um carrinho Hot Wheels por VINTE E SEIS REAIS, em moedas de cinco centavos. CINCO CENTAVOS.

- Eu quero:



- Fontes seguras já haviam me informado que Crash - No Limite era meia-boca. Mas só vendo pra crer no quanto aquele filme é simplório e irritantemente óbvio. E a Sandra Bullock tá igual à Glória Pires.

- Eu achava que Ney Latorraca era Neyla Torraca. Não sei por que.

- Enquanto isso, na lista de emails do grupo BritishRock [oh, vocês sem dúvida lembram de Fabinhow, o néscio que não conhecia Like a Rolling Stone? Pois é.]... Um sujeito simplesmente não sabia do show do U2. Ele só podia estar tentando fazer tipinho, não é possível, i just don´t deserve that. Acho que os moderadores deveriam vetar terminantemente a participação de marcianos no fórum. Até o Marcos Pontes, que estava orbitando até ontem ao redor do planeta, sabe das especulações sobre Madonna, Patti Smith e Radiohead no Brasil. Gente desinformada, hum, sucks. E se vocês não odeiam, deveriam.

- Quero que alguém agora me diga que o Noel é blasé. O Paul viu essa foto e disse que vai se vingar e o Noel vai morrer de morte matada.



- N & L em Ibiza, durante o verão europeu.



the raconteurs, broken boy soldier



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