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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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.passé composé



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24.8.07

.nova espécie pós-moderna é catalogada

Eles assistem apenas a trechos de filmes cult, via you tube, e dizem que conhecem o estilo do diretor tal, super consagrado.
Eles baixam uma única MP3 de cada banda cult e também dizem que conhecem e ridicularizam quem nunca ouviu.
Eles consultam generalidades na wikipedia e saem por aí esnobando os outros com seu conhecimento fake, construído em 20 minutos de leitura superficial.
Eles lêem noticias e notinhas apressadas nos portais e se julgam bem informados.
Eles catam trechos de escritores renomados dos quais jamais leram alguma obra completa e colocam frases de efeito cult, encontradas via google, no perfil do orkut e/ou no msn.


...eles são os blefadores-culturais da internet.




**


.dia-a-dia

Depois de 'ovulando, carol castro', o novo ícone do nosso vocabulário será 'salto de piranha'. Perdi ontem essa parte do capítulo de ontem da novela das oito, mas minha irmã contou e achei incrível, super usável nessa estação. 'It's da new black', já diria Rafa.
Foi assim. Olavo descobriu que Bebel-Catiguria tramou o flagrante que arruinou seu casamento com a fútil e rica Alicinha*. Mas enfim, Bebel-Catiguria pede para se explicar, implora para falar. Puto, Olavo responde - com aquele timbre grave m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o. que deus lhe deu:

'- Sabe o único ruído seu que quero ouvir? O barulho do seu SALTO DE PIRANHA indo na direção da saída do meu quarto'.

HOHOHOHOHO.
Anotaram?
Eu quero a segunda temporada de Paraíso Tropical sendo escrita já!

- Gilberto Braga, preciso te contar: eu já não vivo sem você, tá.


* Só lembrando que na vida real Guilhermina Guinle já foi casada com Fábio Jr - portanto, não se deixem levar pela aura de fina & superior que ela ostenta, porque, convenhamos, casar com Fábio é muito mico. Hoje você tá na Globo em horário nobre, fofa, mas eu sei do seu passado. E eu estaria correndo feito uma louca atrás de apreender e queimar as Caras, as Quem e as Contigo que me fizessem recordar os momentos com Fábio em alguma ilha excêntrica. Nossa, e ir pra ilha excêntrica e casar numa religião excêntrica é ser tãããão emergente. Ah, falando em Fábio Jr, o que é o casamento dele com a Mari Alexandre? Ihh, não sabe quem é a Mari? Aí sim, recomendo a wikipedia e uma leiturinha superficial. Ou procure nos arquivos da Sexy ou dos convidados decadentes do Domingo Legal. Ao lado de Cida Marques [who?], deve ser uma das recordistas de participação.

[gossip mode: off]




.playlist

pj harvey, down by the water
judy garland, zing! went the strings of my heart
panic! at the disco, lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off


link | 10:42 | |

23.8.07

Parem o mundo: versão culinária


.Até quando, ATÉ QUANDO os hereges continuarão a colocar maionese nos sanduíches naturais? Cientistas ingleses descobriram que o sanduíche natural com maionese é tão saudável como uma coxinha frita no óleo de três dias e possui mais gordura trans do que cinco pacotes daquele biscoito de morango de segunda, que você compra na mercearia do Seu Zé. Tá? Então, com maionese, não vale. Vocês sabiam que maionese é feita com um ovão batido no óleo? Eu sei, é horrível, mas vocês precisavam saber dessa informação. Soube de uma fonte fidedigna: um daqueles programas de vendas na tv, que mostrava o funcionamento de um mixer que, além da maionese, fazia um chantilly incrível. Mas todo o deleite foi ofuscado pelo making of da maionese. Deve ter no you tube, mas como eu já tô no trabalho, não me darei ao trabalho de procurar.


.Hoje de manhã, vendo Ana Maria Braga [enjoei de Ana Hickmann com vestidinho por cima da legging], fico estarrecida com uma informação bombástica que mudará - para pior - suas vidas. Ainda mais se sua vida é em São Paulo e se você não sabe fazer brigadeiro. Uma cozinheira informou, com naturalidade, que um cento do doce custa de TRINTA A QUARENTA reais. T.R.I.N.T.A.A.Q.U.A.R.E.N.T.A REAIS. Chega caiu uma lágrima e isso não teve nada de digno. Ei, alguém desminta isso urgentemente, plís. E de onde será essa matéria-prima? De alguma safra super-exclusiva da Kopenhagen? Os modeladores do brigadeiro trabalham no Fasano? Os granulados são fabricados um a um pelos coroinhas do mosteiro de São Bento? Bom, enfim, para a Ana Maria, deve ser super cotidiano, esse preço. Ela, que é acostumada a ensinar artesanatos que reaproveitam papelão, coador de café ou a nossa garrafa pet de cada dia... nos quais você gasta $1,50 mas pode vender a $25.




.playlist

beck, devil's haircut
le premier bonheur du jour, os mutantes


link | 14:24 | |

21.8.07

. eu quero o meu Elvis vestido de darth vader



- Pronto, falei.



. eu também quero esse copo dos simpsons




. um eterno mascar de chicletes

Ou: esqueçam o que eu escrevi antes.
Esse é o verdadeiro post anti-marketing pessoal.



Cena 1.

2007, era primavera. Tava passando na tv um daqueles quadros de paquera. Era tipo na Ana Hickmann Na Caixinha, por ocasião do “dia do solteiro” [ver aquele meu post sobre datas e dias estúpidos inventados na modernidade]. Daí, as meninas que moravam numa daquelas repúblicas onde só tem modelos tavam paquerando uns rapazes que estavam no estúdio do programa e algumas iriam até lá pra conhecê-los. Daí, eu fiquei passada com a “azaração” – gente, que qualidade ruim de diálogos, mêo dêos...

As meninas diziam o que gostavam de fazer:
- Ahh [boca estilo mascando-chiclete], tipo assim, meu, tipo, ir pra balada... ahh, ir pra balada e ir pra balada, tipo assim.

Eu, já sentindo aquela vergonha-alheia, paro tudo pra acompanhar o diálogo. O menino era até mais esperto, perguntava várias coisas e a menina:
- Ahh [masca-chiclete-masca-chiclete], tipo assim, ahhh, gosto de tudo, de ‘pópi-rock’, funk, sou super eclética.

Arrasada, escuto o arremate: mas afinal, por que ela mereceria conhecer o rapaz do programa?
- Ahh [masca-chiclete-masca-chiclete], tipo, sou uma pessoa simpática*, gosto de balada, tipo assim, de me divertir, de beijar mooooooito.

E aí, ela ficou toda se oferecendo pra câmera, dando uma de descolada, até ser chamada pra ir ao programa pra ver o rapaz. E, assim que sentou no sofá com ele, conversou cinco minutos e tacou logo um selinho no cara... nossa, odiei. Pensem numa atitudezinha uó.

* Nota da editora: fofos, tenham medo, muito medo, de três espécies de pessoas: das que PRECISAM INFORMAR que são simpáticas, das ‘ecléticas’ e dos homens que não têm amigas mulheres.

[...]

Cena 2.



Depois eu fui assistir, sábado a noite, o Altas Horas, do tio Serginho Groisman Eno Guaraná. Tadinho, ele não tem dentes mas é super bem intencionado. Acontece que sempre tem o baita azar de só catar jovem burro da platéia pra entrevistar. Tipo, não que todos sejam burros, mas a produção escolhe a dedo, pega os com notas mais baixas nos testes vocacionais, não sei, só pode. Aí, desce uma menina, que nem era muito novinha, e começa a conversar com ele. Seu nome fictício será Vaca - porque se eu tivesse ido com a cara dela, seria Björk, meu outro nome-fictício oficial. Fora que Vaca é um nome ótimo, porque sempre transmite aquele ar de enfado, 'mascando-chiclete’, né. Olha que adequado, gente. Então imaginem a menina sempre assim, nham, nham, mascando.

Serginho: E aí, garota. Você faz o quê?
Vaca: Cursinho, quero tentar publicidade.
Serginho: Pô, bacana. Escolheu publicidade por quê?
Vaca: Porque é legal.
Serginho: Errr... você gosta de fazer o quê nas horas vagas?
Vaca: Ahh, tipo assim, ir pra balada, cinema, tal.
Serginho: Você tá lendo algum livro?
Vaca: Eu não gosto de ler.
Serginho. !!!!, mas por que não? Nem revista?
Vaca: Não.
Serginho [morto de constrangido]: Então tá, toma aqui a camiseta do programa, brigado.

Olha, fiquei tensa.

- Eu já contei pra vocês que quando eu sinto vergonha-alheia em meio a estranhos, eu finjo que não falo português? É tiro e queda, ninguém comenta nada comigo, é incrível e digno.

[...]

Bom, after all, tirei quatro conclusões. [tentei pensar numa quinta conclusão, porque eu tenho TOC e não suporto a idéia de uma lista de quatro coisas, mas não consegui]


1. A juventude é praticamente um caso perdido.
2. Eu sou um E.T. e nasci na década errada e no lugar errado.
3. Eu não sou mais jovem.
4. Se eu fosse jovem, eu não pegaria ninguém. Ninguém.


Vamos nos deter à quarta conclusão.
Já pensou, eu, EU, num programa desses de paquera?
Absolutamente ninguém iria me querer.

Primeiro porque, a priori, eu tenho uma cara danada de antipática, iria informar que essa luz não me favorece, e não me curvei aos fashion statements - tipo altona, com cabelo liso e comprido, argolonas na orelha [Mônica super sintetizou esse way of life, ó], calça apertada com vestido por cima.

Segundo porque eu tenho um perfil de intelectual chatinha e ninguém iria querer conversar comigo. Eu não faço o tipo ‘feliz, de bem com a vida’, não vou ficar mentindo dizendo que sou ‘simpática’ e, pô, diante desses jovens que amam a balada, eu sou uma tia. O que eu faço da vida? Modelo, analista de sistemas? Não, jornalista e mestranda em história, minha pesquisa é sobre imprensa feminina no século XIX. Olha que menina chata e velha eu sou. Aí o coitado do rapaz iria perguntar do que eu gosto. Balada? Não, de fotografias, de moda, de dormir, de ficar em casa, de comer doce, de ver tv, de escrever e, pior, de LER. E são livros chatos, teóricos, acadêmicos, diários, biografias, além de muitas revistas. Só coisa de gente abusada e entediante, claro. Cinema, eu gosto? Adoro, mas curto filme de terror pra caramba, gosto de cinema francês, latino e espanhol, amo coisas preto e branco, comprei os dvds do Poderoso Chefão e acho isso o máximo. Também gosto de coisas que envolvam investigações, como o CSI. De preferência o Las Vegas. Err, tentemos música, então. Gosta de Capital Inicial, Legião, Jota Quest, ‘pópi-rock’? Assim, sinceramente? Não. MESMO. Gosto de rock inglês, coisas indies, músicas bichas, contrabaixos, tangos, jazz, anos 60, algumas coisas eletrônicas e venho escutando Velvet Underground, T-Rex e David Bowie, que é incrível. Velvet who??? Velvet Undergound... é tão cool. Cool?? Olha o respeito.

Terceiro, porque eu falo ‘a priori’ no dia-a-dia. Querem algo mais DETESTÁVEL?

Quarto, eu nem sei o que diabos as pessoas vêem tanto numa ‘balada’. Acho que eu nem sei o que é uma ‘balada’ direito. E não uso a expressão ‘balada’ no cotidiano, aliás. Tenho abuso. Eu costumo sair de noite, passo a madrugada fora, conversando, comendo pipoca com nescau balls e acho legal.

- Doutor Jairo Bouer, eu tenho algum distúrbio?? Nescau balls causam seqüelas??



Quinto, eu nem sou chegada em chiclete, nem posso fazer tipinho.



Já imaginaram? Nossa, o meu parzinho do programa de paquera evidentemente iria me deixar plantada no estúdio. Aposto que ele iria implorar pra produção trocar aquela doida-ruiva por uma meninazinha normal e simplezinha, que não pensasse muito, nem fosse complicada e só saísse com ele pra jantar e conversar amenidades, sem pressioná-lo com perguntas complexas do tipo “que livro você tá lendo?”. E eu iria sair debaixo de vaias, derrotaaaaaada, xingada, com garrafinhas de água sendo arremessadas em mim...
...e, o pior, o pior, SÓ.

Que puxa. O Márcio Garcia nunca iria conseguir me arrumar um noivo que entendesse minhas piadas, pessoal. Até o Sergio Mallandro conseguiu uma menina lá. ATÉ o Sergio.

- E é melhor eu parar de destruir minha reputação aqui, antes que o namorado se dê conta da minha rabugice e desista de mim, haha. :*





.playlist

brujería, los tipitos
oasis, the masterplan
break in case of anything, !!!
wake up alone, amy winehouse
funny little frog, belle & sebastian
jesus is on the main line, aerosmith
why can't you be nicer to me?, white stripes


link | 13:37 | |

15.8.07

.chata.prolixa.impulsiva.egocêntrica.instável.mal-humorada.ácida.geniosa.perfeccionista.
ou é apenas tpm?





Eu sou um anti-marketing ambulante, me saboto sempre que posso.

Digo isso porque eu não faço muita coisa pra agradar as pessoas, quase nunca consigo ser legal como gostaria, sou insuportavelmente irônica, não sou sempre uma criatura das mais simpáticas, todo dia acordo com um humor diferente... E, como se não bastasse, ainda fico fazendo essa propaganda negativa de mim o tempo todo, tipo: “ah, não sei como você gosta de mim, se sou tão chatinha”. Pô... mas é que com uma rabugice feito essa que eu tenho, como não se achar uma enjoada, né. Tem dias que nem eu me agüento e, se eu pudesse, me expulsaria de mim a chutes e pontapés. Meu destino ia ser cair no chão e comer no bicudo*. Baixaria, ó.




* Uadarrél is ‘comer no bicudo’? gentem, é o novo preto, nas rodinhas sociais da violência no bairro do Salgado. Esqueçam os ensinamentos das suas preceptoras do colégio interno ou da Glória Kalil no Fantástico. Pois a finesse reina aqui.



...

O lance é que nem sempre consigo fazer com que as pessoas concordem comigo, em relação à minha chatice. Pelo contrário, muita gente acaba me achando, ó só, uma GRACINHA quando estou com raiva. O que, lógico, me dá mais raiva. Porque não há nada pior do que ter a credibilidade da raiva desacreditada e você, em fúria, ter que ouvir um “mas que bonitinha”, enquanto desce o morro, calça os tamancos e roda histericamente aqueeeela baiana. Acinte, acinte, acinte. Eu queria causar temor, temor, mas quase nunca consigo...

Vai entender, né. Povo doido.
Era pra se amar os meigos... não eu, né.

E esse blog é uma grande má propaganda minha. Mas o mais incrível é eu ter, através daqui, feito tantos grandes amigos e descoberto pessoas tão adoráveis, que se aproximaram de mim através da internet. Não é engraçado? Porque, ao invés de eu tentar me mostrar uma pessoa fofa, engraçadinha e agradável, não, eu sempre tô aqui reclamando de alguma coisa. Não tô pedindo pra ninguém chegar nos comentários e dizer: “pó, lucy, mas tu é tão legal, vai” e rasgar seda pro meu lado. Mas enfim, se alguém ainda quiser rasgar algum tecido em minha homenagem, rasgue lycra, de preferência lycra alaranjada e/ou roxa e todas as roupinhas feitas de tirinhas desse material. Aproveitem e façam uma fogueirinha com os sutiãs de alça de silicone e as leggings brancas, thanks. Então, só tô comentando, han, que costumo postar nos dias de fúria e com o pior humor, podem acreditar.

E sabem o que é o mais insólito? É que, de tanto eu escrever sobre assuntos que eu não gosto, o sistema de buscas acaba me trazendo umas estatísticas estranhas, de pessoas que chegam aqui procurando coisas que acho feias, demodés ou que simplesmente odeio, haha. A infinita minoria é que chegou aqui atrás de alguma banda ótima, ou filme que eu amasse, ou atrás de algo verdadeiramente fashion, enfim.

Ah, mas deixem, antes de mostrar as buscas bizarras, eu comentar um negócio engraçado que vi no programa da Ana-Hickmann-Na-Caixinha essa semana - e que tem a ver com esse negócio de ser chata e tal. O assunto era o universo feminino e, óbvio, além de roupas, dietas e coleções de sapatos, eles colocaram a TPM na pauta. Porque, por mais ancestral que seja esse problema, o povo ainda não sabe lidar com isso. E posso dizer por que não sabem lidar? Ah, porque nós ficamos simplesmente in-tra-tá-veis nesse período. Se você não fica, fofa, parabéns and nice to meet you. Porque eu fico impossível, muito impossível. Assim, bem megera. Pois o médico que tava lá leu uma carta desesperada de um marido pra ele. Fiquei penalizada com a confusão mental do póbi. O marido, coitadindo, dizia mais ou menos assim: “Ah, doutor, se eu digo que ela está bonita, é porque estou mentindo. Se ela insiste que engordou e eu confirmo, é que sou grosseiro. Se tento fazer carinho nela, ela se irrita e diz que sou pegajoso. Mas se fico distante, ela pergunta logo o que há de errado. Doutor, o que eu faço??”

- Ôw... tadinho. Mas na mesma hora pensei: ainda bem que eu não sou homem, deus sabe das coisas, ele escreve certo por linhas tortas - e, enfim, outro ditado popular que vocês lembrarem. A verdade é que eu JAMAIS teria paciência com uma mulher louca e conspiradora dessa... que é tipo, tipo, err, tipo EU. [shame. mas abafa.]

...

Onde tinha parado mesmo? Ah, nas buscas insólitas. Pois é, quantas centenas de pessoas [mó galera de Minas Gerais, hein, tô sabendo, tchu-ru-ruu :)] não devem ter se desapontado por chegarem a esse blog e não encontrarem a dica de como super aproveitar AQUELA garrafa pet (que tanto AMO) como, sei lá, uma luminária? Ou aquela receita de panelada bem limpinha?

Pois é, olhem as últimas referências do google que trouxeram gente nova pra cá.

.bolo mole
.bolsa de fita
.laringite aguda
.o que são neurinhas
.como fazer esmalte rebu
.gostosos jogadores de futebol
.convites feitos com flores de papel
.pernas femininas engessadas [?!?]
.potes de biscuit de palhaço como fazer
.artesanato feito com flores de papel crepom
.básicas feministas que falam mal de homem

Ah, e guardei pro final a inacreditável...
.receita para se matar sem dor

O_o
Meeeeeedo, vejam meu olhar apreensivo.



Então. Mais medo ainda, se esse assassino em potencial estiver lendo meu blog AGORA. Tipo, NOW. Ai, que apreensão. Essa brincadeira de internet tá ficando perigosa.

- Vou chamar a mamãe pra me buscar depois do recreio.



.playlist

all because of you, u2
au grand jour, stereolab
everything will flow, suede
she's lost control, joy division
prickly thorn, but sweetly worn, white atripes


link | 00:21 | |

3.8.07

.Carga Pesaaaada

Antônio Fagundes de ray-ban & regata e a abertura desse programa, com seu "Vou fazer o frete cortando o estradão..." conseguem ser infinitamente mais depressivos que as desinibidas de lingerie [Viviane Araújo?] que adornam, sem nenhuma finesse, os programas noturnos de 'humor' aos finais de semana na tv.

Fora a animadora perspectiva de, domingo, ter aquele quadro uóóó do circo do Faustão - artistas emergentes [Buchecha?] e/ou ex-Malhação, tipo Alexandre Slaviero [Who?], fazem truques entediantes, como malabares com bolinhas, vestidos de colant [Marcos Frota?]. Por mais que eu não esteja assistindo, me deprime a simples idéia de que aquilo tá passando na tv, sabem?

Será que se eu plantar uma árvore de noção, ela sobrevive?
Desabafei e tô me sentindo melhor, gente. Haha.

**

Apdêite:
Antes, reafirmo aqui meu compromisso de que todo o conteúdo de meus posts é verídico. Eu não preciso mentir, as coisas caem prontas e eu sou apenas uma divulgadora, viram.

No jornal televisivo local, no final da manhã, um flash ao vivo de um mutirão de saúde da mulher em um bairro da periferia de Fortaleza. Aí, a repórter pergunta pra uma senhora aleatória, na fila, a importância de fazer a prevenção do câncer no colo do útero. E, AO VIVO, a véinha responde, sempre 50 decibéis acima do suportável:

- Minha filha, a gente tem que saber o que tem BEM LÁ DENTRO da gente, né. A gente nunca sabe, porque não vê. Então, tem que fazer o exame é logo, porque tem muita doença que a gente descobre só quando já tá TODA COMIDA POR DENTRO.

Gahh.
!!!!!



.playlist

daddy cool, placebo
orgiastic, stereolab
el justiciero, mutantes
time for heroes, libertines
let it bleed, rolling stones


link | 23:28 | |

2.8.07

# previsões para o futuro

Como antecipado nesse blog há 34670572604 semanas, foi leiloado MAIS UM par de óculos de John Lennon recentemente, por seis milhões. Não lembro se foi de dólares ou reais, mas não importa, foi muito caro e você jamais terá acesso anyway.
e
Surpreendendo a toda a audiência do Criança Esperança, Renato Aragão deve descer do teto do ginásio do Ibirapuera emocionado e de branco, pelo 478069º ano consecutivo.


# pan

Natália Falavigna, do tae-kon-do, maquiada, de escova e de colarzinho, BUT... de kimono, foi desnecessário. Vi no Jô Soares, essa semana. Não tem sequer a desculpa de ter as logomarcas dos patrocinadores, a roupa era branquíssima at all. Pior é o povo do atletismo, que às vezes precisa encarar aquele shortinho super sumário na mídia noturna, em programas tipo da Hebe. Porque, convenhamos, shortinho super sumário DESCONTEXTUALIZADO e em rede nacional não dá.
Devia ter a opção de traje 'esporte fino', pra essas ocasiões fora da hora do rush.

E sabem porque eu fiz esse trocadilho péssimo do esporte fino? Porque o que vem a seguir é tão ruim, mas tão ruim, que nada que eu diga causará mais impacto, então não tive vergonha alguma.
Porque o melhor slogan EVER da tv esportiva foi o do canal ESPN:

- “Espn Brasil... repartindo o Pan com você”.

Err... taí, se você procurava um sinônimo para “constrangimento”, achô-ôu.


# catiguria

Fofa. Se você quer usar blusas feitas de tiras de lycra, ANTES passe fome, malhe como uma condenada, faça a respiração alternada da iôôôga de Gisele Bündchen, use um reparador para suas pontas duplas & pomada para modelar o frizz e fique com o abdômen definido de Bebel, da novela das oito, if you can.
Ah, e procure um terapeuta, porque não é saudável você querer usar esse tipo de roupa pra parecer uma piranha no meio da rua de propósito.

Conselho de amiga, tá. Te vi no ônibus ontem, só quero teu bem.

- Sim, porque a personagem de Pitanga é linda e carismática, usa colar de esmeraldas verdadeiras, foi citada no desfile de Fábia Bercsek, na São Paulo Fashion Week, tem feeling, approach & sex appeal, pega o Wagner Moura e tem acesso ao caviar no Hotel Duvivier, BUT... não esqueçamos seu passado sujo e que ela foi estimulada a ser mantida NA VIDA pelo pai biológico da Joana, ou seja, um verdadeiro contraponto biológico mundano à dignidade.

E a personagem rameira de Pitanga um dia acabará – mas sua reputação biológica após a lycra fica, meu bem. Ou não.
Ou seja, contenha seu delírio, diga não à lycra e ao look piranha street wear.


# must-haves


. Ponto, para essa bolsa de fita cassete. Tãããão vintage, tão street.




. Como eu sempre digo, meus pivetes serão crianças antenadas e à frente de seu tempo. Então, nada melhor que presentes vanguarda, tipo esse. Afinal, boneco de monstro é last season, é demodé, já foi. Up-to-date é presentear as crianças com as VÍTIMAS dos monstros e dos zumbis de seus filmes favoritos. Semblantezinhos de horror, pra compor e eles se divertirem e tal. Lindas, né, as horrified b-movies victims. Amei.



. além disso, achei razoavelmente estiloso o Adidas - sem previsão de lançamento - do Darth Vader. Ela e a Converse All Star, sempre com suas iniciativas pop. Meu total apoio, sempre. Aliás, venderia minha dignidade em três prestações sem juros e no carnê pelos All Stars limitadíssimos da Frida Kahlo, que foram lançados em comemoração a seu centenário apenas no México e Itália - com estampas tipo páginas do diário da pintora, sua assinatura, fotos e obras. Ovulei, quando li a notícia desse it-tênis.





. Para uma casa fashion, esse relógio que subverte a cena doméstica.



. Um porta facas lúdico, fazendo a linha vodu. Achei válido.





# noção [ou não]

Anotem na agendinha, crianças:



NÃO TER o cabelo barroco-despojado-yuppie do Gabriel Braga Nunes na nova novela da Record.


# adoro.







.playlist

criminal, gotan project
nobody does it better, carly simon


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