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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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26.4.07

.Alcatraz, 1:30 pm.

Ilhada, em meu cantinho da disciplina, eu finalmente consigo sentar pra escrever alguma coisinha para vocês. Mas se o leitor está vindo aqui em busca de alguma dica de elevação espiritual, palavras amigas ou qualquer outra coisa fofa que celebre a alegria de viver, sinto dizer que está no lugar errado. Aliás, sempre esteve, vamos combinar. Haha.

Eu tô uma PILHA, a mais completa PILHA, com essa praga dessa reforma interminável daqui de casa.

Como se já não bastasse meu pai corinthiano me zoando pelo fato de o São Paulo não estar na final do Paulistão. Mas eu sempre relembro que a gente é tri na Libertadores e ele recolhe o timinho dele à insignificância. Aliás, nem eu faria o trocadilho que a Globo fez ontem, no Globo Esporte. A legenda da foto, indo pro intervalo, era MorumTETRA. Err... sacam, Murumbi, Morumtri, Morumtetra... Hum. Se eu fizesse esse trocadilho, eu ficaria na minha, sabe. Honestamente.

Mas enfim, a reforma era pra ter terminado há uns dez dias, se o pedreiro anterior – a quem chamarei ficticiamente de Seu Zé [todos eles são Zés*, não?] – não tivesse ROUBADO o nosso dinheiro. Isso, roubado. Ele fez 80% da obra e se mandou, deixando nossa família sem cômodos supérfluos, como a cozinha e os banheiros. É de tirar o juízo, mas o que é dele tá guardado. Vingativa, eu? Magina. Apenas desejo-lhe hemorróidas. O lance é que a gente teve que chamar outro Seu Zé pra continuar o serviço – pelo qual ele cobrou o equivalente ao anterior. Fazendo uma continha simples, noves fora, pagamos O DOBRO, não é fantástico? É tão gostoso quanto acertar uma martelada no dedo, em uma metáfora ideal para esse momento de construções. Pois então. Aí, o primeiro Seu Zé, uma semana depois, liga pra minha mãe, COMUNICANDO que ia voltar pra cá.

Acontece que mamãe é das minhas, rá, e não deixou barato. Teve a manha de dizer que não queria mais os serviços dele, que já tinha chamado outro melhor que ele e que viesse buscar logo suas coisas, que tavam atrapalhando aqui.
- Notem que essa frase pode ser utilizada perfeitamente em diversos contextos, como troca de pedreiros, troca de técnico do time, final de casamento e coisas do tipo. Ah, mas foi o máximo. Era uma coisa “por isso fora, esqueça meu mundo, meu rosto, essa casa e siga seu rumo”.

* Não é preconceito meu, quando falo que todos os pedreiros são Zés. É uma observação prática. Temos três trabalhando aqui, atualmente. E eu sei que pelo menos um dos auxiliares do outro se chamava, err, Luciano. Mas se a gente falasse “Zé”, ele olhava na hora. Então pronto.

[...]

Eu só sei que minha irmã e eu rimos da desgraça todo dia, dizendo que "deve haver algo muito, mas muito bom, guardado para nós em algum lugar”.

E se reforma já é uma coisa que nos deixa com os nervos à flor da pele, capazes de infartar com o barulho de colherinha mexendo o café, avalie se você está com geladeira e fogão em um apartamento a TRÊS blocos de distância do seu – a mesma distância que precisamos percorrer quando queremos fazer um mísero xixi. Ou seja, todo dia de manhã, é aquela felicidade, de atravessar todo o pátio do condomínio as sete da manhã – horário de pico total - com cara, cabelo e humor de monstro, pra tomar um banho e seu nescau.

Dizem que Fátima tem outro segredo, né.
Eu sou super cética e materialista, então não vou acreditar se for a paz mundial.
Então, tomara que seja algo de comer.

[...]

Nota mental
Quando acabar a reforma, eu preciso baixar umas MP3 de britadeiras e de granitos sendo cortados. Porque eu sou nostálgica pacas.

Eu só queria ser que nem a Ana Maria Braga e ter meu cenário trocado uma vez no ano. Deve ser super legal, quando se acaba uma reforma. Mas aí, enquanto isso, eu estaria mestrando e postando na minha casa em Campos do Jordão, fazendo drenagens linfáticas diárias e mostrando a vocês um lifestyle com fondues charmosos, roupas de tricô, esportes na neve.

É, neve. A produção que se virasse.
Que eu ia ser estrela e pronto, ó.
Daquelas insuportáveis, que pedem as 100 toalhas brancas.

[...]

Ah, mas ia me esquecendo. Os pedreiros são fumantes.
AMO.
Vou tomar um banho de sal refinado, afe.
Sal refinado sim, ora. Ou vocês acham que vou detonar minha pele sensível no sal grosso? Bem doida.


.Pilulas

- As empresas que literalmente tiram o doce da boca de nós, crianças. Imaginem que, há uns 4 anos, descobri o biscoito Calipso, da Nestlé, que é tipo um Krokitos mais gostoso, com um biscoitinho fino coberto de chocolate e tracinhos de chocolate. Um deleite quase sexual, né. Alias, dependendo do sexo, o Calipso ainda supera. É um biscoito assim, pornô. Pois é. Aí a Nestlé simplesmente não coloca mais esse biscoito pra vender aqui no Nordeste. Não é absurdo? Ele larga a gente assim, impunemente, no meio do relento, na chuva, com um vira-latas lambendo nossas vestes puídas. Agora vocês imaginem quando eu encontrei esse biscoito nas Americanas, no Rio de Janeiro. Ah, nem imaginem.

- A nova novela das seis que sucederá O Profeta, seguindo a linha esotérica, terá como vilã a Malu Mader. Pra mim, ela interpretando tem uma eterna voz de comercial do Lux, sempre envolta em espumas e comentando como aquele sabonete tem extratos naturais de malva e calêndula [outra palavra legal, tal qual “andrômeda”] que deixam sua pele sempre macia e protegida.
Alias, cês sabem quem é o pai da Malu Mader?
Péssima, essa.

- Por isso que voltei a usar saltinho, sabe. Eu tava muito desacreditada no mundo profissional por causa da minha altura e o povo andava me subestimando, me tratando feito uma piveta. Eu entrevistei um arquiteto, dia desses, que não acreditava que eu era formada. E outro dia, tava entrevistando outro povo, de bloquinho na mão e o gravador na outra, e a galera perguntando: "Mas você é jornalista?". E minha vontade de responder é "Nãããão, animal. Eu sou ginasta olímpica", e dar um duplo twist carpado na cara do indivíduo.

- Final de semana passado, tava indo almoçar e vi umas meninas com orelhas de gato, ORELHAS DE GATO, conversado no point de emos, cosplayers e viciados em animes da cidade, o Mc Donald’s da Praça Portugal. Tipo eu, que sou do tempo em que Sakura era molho anunciado pela Ofélia, fiquei na minha.

Falando em orelhas... Jaq, a gente vai ter que aprender esses passinhos também. E Rafa, esse é irmão do "a cobra vai fumar, o love you lindo yeah".




- Ainda estou pra entender algumas idiotices que os pivetes inventam. Tipo, umas crianças do meu prédio vêm tornando minha existência um inferno depois que eles elaboraram um brinquedo artesanal, lindo, genial, politicamente correto, biodegradável, preocupado com o aquecimento global e, sobretudo, SILENCIOSO: é a garrata pet [sempre ela] cheia de pedras ou de bolinhas de gude, amarrada com um barbante e arrastada pelo pátio enquanto eles correm e gritam. Porque os avanços da era digital são tudo. A raiva simplesmente transcende o meu ser, com ênfase para o domingo a tarde, que é meu único horário NA SEMANA para dormir decentemente. Ah, e ainda há outro brinquedinho, com mais requinte de crueldade e sadismo: os pirralhos amassam uma lata, tipo de leite ninho, e colocam entre o pneu da bicicleta e aquele negócio que cobre o pneu. Aí, quando eles andam, a bicicleta faz BARULHO DE MOBILETE, dessas bem desreguladas. Eu fico paralisada de raiva, cês não tão entendendo. That’s why I DO LOVE children. Puts, por que eles não aprendem a jogar Guitar Hero e me deixam em paz?

- Tava um dia desses, de casa bagunçada, folheando uns cadernos de culinária antigos, que vinham na revista Claudia. Uma coisa década de 80. Naquele tempo não havia colesterol, gordura trans ou radicais livres. Apenas naquela sociedade utópica, fluorescente, ingênua e feliz seria possível a existência do lendário bolo das VINTE E QUATRO GEMAS.


.Bonitinha é a mãe

me: ...e essas minhas amigas nem são intelectuais mocréias não, elas são bonitinhas.
Mario: ei, parou!
me: que foi?
Mario: detesto bonitinhas...
me: ahahahaha
Mario: ou é feia ou é bonita. bonitinhas são de lascar
me: "e aí, o que tu acha dela?" "ah, super gente fina". ISSO é que eu não gostaria de ouvir sobre mim. Me chamem de bonitinha, mas jamais de 'gente fina' ou 'simpática'
Mario: ahahaha
me: é a morte pra uma mulher, ser chamada de "super legal". tipo, não que o cara tenha que chegar e dizer na minha cara que sou linda. o que lasca é o "super legal" dito a terceiros. tipo: "o que tu acha dela?" "minha melhor amiga, super legal."


.E pra não dizer que não falei de flores



Elvis, então, é a nova estrela desse blog. Vocês pensam que eu não notei, que ninguém perguntou por mim, como eu tava, se eu tive alguma crise por conta da reforma? Humpf. Era “Tadinho do Elvis” pra cá, “Cadê o Elvis?” pra lá.

Ele ainda tá sem chão para fazer os côquis dele, já que estamos ocupando dois apartamentos diferentes. Elvis passa a maior parte do tempo no meu quarto, onde não tem tanta poeira - porque tudo lá fora são cinzas, um look escombros. E ontem, para o meu deleite, Elvis arrastou uma calça jeans e uma blusa de que gosto muito POR SOBRE um mijinho. Eu, já nessa maré de sorte e felicidade, SORRI.

...

Ah, não vou revelar a identidade da blusa nem da calça que foram arrastados, que é pro povo não evitar o contato social quando eu tiver com elas. Mas já foram para lavar, posso afirmar.

...

Falando nisso, peguei o Elvis no flagra, surrupiando os lençóis da cama dos meus pais e fazendo outro arrastão.



"- Xii... Foi mal, aê."


...

Hum, e preciso comprar jornais, pro Elvis ler, não gostar, fazer côquis em cima como crítica social e transformar tudo em imprensa marrom.


.Mulheres de Chico

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Pablo Neruda


Mas afinal, por que tanta mulher no mundo quer dar pro Chico Buarque? Sim, eu já parto do pressuposto que tem um monte de mulheres afinzonas dele porque eu escuto isso desde que entrei na faculdade de jornalismo – um conhecido reduto de mil garotas papo-firme loucas por uma chance com Ele, bicho.


Aliás, as jornalistas e profisisonais liberais bem-vestidas - de oclinhos e emancipadas, que adoram livros, filmes e discos cult –, devem liderar o ranking de groupies-padrão do Chico. Que, tadinho, sofre do mesmo mal dos Engenheiros do Hawaii, Los Hermanos, Beatles, Iron Maiden, Raul Seixas e Legião Urbana: é um artista que tem fãs ardorosos insuportáveis. Eu sei, porque sou uma fã ardorosa insuportável dos Beatles, ué. Civilizadas e cultas, as mulheres de Chico são blasés até a hora em que ele sobe no palco – porque aí, elas descem do salto, viram cabrochas e se raaaaasgam por ele, gritando “Tesão! Lindo! Gostoso!”.


Aí, há uns cinco, seis anos, eu não entendia esse frisson todo [ah, “frisson”. Que palavra legal] em torno da figura de um cara que, ok, tem um belo olho verde, mas tem um baita jeito de tiozão, nem é estilosinho, tem uma presença de palco horrível, é desengonçado e canta com mãos de Mr Burns. [pesquise no Google, se você não saca Simpsons. E não reclame, que tô uma PILHA]

Mas aí, eu vou e vejo o show do cara, da turnê Carioca, que chegou por aqui. E sinto que a explicação é exatamente um mistério.

- O insondável mistério do carisma.

Ele, apesar da descrição acima, é um FOFO. O charminho de não saber dançar, se movendo com uma vergonhazinha, até, é o máximo. Não me perguntem como, mas ele ainda consegue, simultaneamente, agir como se soubesse que é absolutamente foda. E ele sabe que é. Aí, é irresistível. E ainda por cima é tímido. Ohnnn. É como se ele despertasse um desejo maternal de dar papinha pra ele, ao mesmo tempo em que passa uma imagem de homem sensível e que compreende seus mais recônditos desejos lascivos e cabritistas [obrigada para sempre, querido Filipe, por essa nova palavra].

E há outro aspecto que apenas as mulheres irão compreender. O Chico-Vingativo [porque tem o cd do cronista, do malandro, etc, mas deveria ter o disco só com as vinganças] escreve suas músicas como uma dama apaixonada, contraditória, bêbada e que de tão rasteira se torna superior, em pleno processo de dar a volta por cima. Daquelas que adoram pisar o coração do cara beeeeem de mansinho. E de salto agulha. É o que a gente gostaria de ter gritado na última discussão, era o que a gente precisava ter lembrado de dizer no último bilhete, era a frase final perfeita antes de bater o telefone na cara, é a melhor trilha sonora para se rasgar cartas. Um lance catarse, obsessão, verdade nua e crua e olho no olho, como “tantos homens me amaram bem mais e melhor que você”. Nem que depois a moça se tranque no banheiro e choooore horrores. Mas perder a pose e borrar o rimel na frente de homem, jamais.

Tipo:

Ele era mil
Tu és nenhum
Na guerra és vil
Na cama és mocho
Tira as mãos de mim
Põe as mãos em mim
E vê se o fogo dele
Guardado em mim
Te incendeia um pouco
(Tira as mãos de mim)

- Ó, ó, chega fiquei arrepiada.





portishead, it could be sweet



link | 13:21 | |

11.4.07

Em breve, retornaremos à nossa programação normal.



Err, então. Não, eu não desisti do blog. Não percam a esperança e continuem acreditando em mim. [dramática] Tratam-se de férias forçadas, que felizmente chegam ao fim. Mas contarei depois pra vocês a razão de minha prolongada ausência, em um futuro post no qual falarei sobre os 10 motivos para se odiar reformas que destroem seu cotidiano e seu apartamento, desaparecem com seus livros da pesquisa e fazem você ir morar num apartamento alheio e vazio, além de deixarem a sua coleção da Vogue completamente coberta de poeirinha branca, à semelhança dos escombros do World Trade Center, lembram? O caos. Sacam, sutiãs no andar de baixo e calças jeans no andar de cima e meu talão de cheques dentro de um álbum velho de fotografias? Então. O caos. Sacam aquela perda da intimidade através do convívio diário e do olho-no-olho com pedreiros? O caos.


Das pessoas que me superestimam.

Tudo bem que eu sou desembaraçada na rede e acho de um tudo na internet e tal. Mas daí a chegar ao ponto de um amigo seu te encontrar no sábado a noite no shopping e pedir pra que você encontre um vídeo insólito no you tube...

Acompanhem a descrição. Quando eu disser "insólito", é porque é.
- Lucy, então. Eu quero um vídeo genial que vi dia desses. A mulherzinha francesa com dois gordos barbudos que parecem os cientistas do castelo Rá-Tim-Bum jogando pingue-pongue no espaço".

Ah, bom.

Mais parecem as buscas do google que vêm parar aqui. Depois da fabulosa “cachorro para recortar e montar super grande para adolescentes”, eis que aparece a sui generis “truques de aprender a beijar com uma maçã e o lance de tentar pegar o gelo no fundo do copo”.

“E o lance de” é TU-DO.

- E esse truque dá certo, por acaso?
Cartas para a Redação.


Sugar people.

Por ora, fiquem com uma breve reflexão que construí hoje, no ônibus matinal. Chamarei de "a mística de entrar em lugares fechados - tipo ônibus, cinemas ou elevadores - e todas as pessoas começarem automaticamente a tossir a tosse mais nojenta". Essa teoria, somada à existência do fenômeno das "pessoas de açúcar"* nos ônibus, torna o nosso cotidiano impraticável aqui no Ceará-Quarenta-Graus.


*"pessoas de açúcar" nos ônibus: Oh, vocês lembram. São as pessoas doces, educadas e hidrofóbicas que LACRAM os vidros dos ônibus que transportam 65 pessoas suadas e eu** ao menor sinal de uma remota chuva que poderá vir daqui a algumas horas.

** eu: obviamente, não estou incluída entre as pessoas suadas. Uso toda a linha Dove, que me deixa segura e fresca ao longo do dia.




jane birkin & serge gainsbourg, 69 année erotique



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