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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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30.3.06

AHAM



- Paul and I, em nossa bucólica residência de verão em Londres.


u2, sometimes you can´t make it on your own



link | 07:55 | |

24.3.06

Princípio do Comandante Hamilton*

Odeio pessoas feitas de açúcar** e odeio matérias dispensáveis de jornais, que revelam bombasticamente que ontem choveu em Fortaleza.

Parto do raciocínio de que, para você que não mora em Fortaleza, não vai fazer a mínima diferença se aqui tá nevando, se tá chovendo, se virou sertão de uma vez.
E se você vive em Fortaleza, enfim, já sacou que passou o dia chovendo, atolou o pezinho na laminha e não precisa ser informado pelos jornais e tvs de que, ohh, choveu em Fortaleza. Hum, não diga.


* Comandante Hamilton: piloto do Gugu, sempre dá informações irrelevantes sobre o tempo e a garoa enquanto sobrevoa São Paulo, em flashes que são sempre urgentes e precedidos de uma música tensa como a do Plantão da Globo, nas tardes de Domingo Legal.

**Pessoas feitas de açúcar: se elas fossem pra São Paulo, aff, estariam fritas. Aliás, perdidas e molhadas. Elas não sobreviveriam em um lugar lindo e frio que proporciona efeito poros-fechados na pele. Bem, as pessoas feitas de açúcar que costumam andar de ônibus e, ao primeiro sinal de que vai cair 0,0001 pingo de chuva de hora em hora nos próximos segundos, LACRAM as janelas pra não se "molharem" com o "sereno". É medo de derreter, só pode.

- Quem disse mesmo que cearense curte chuva?

Fora que, no ônibus lacrado, a gente fica respirando ar alêi, aquele ar já re-re-spirado. Um fundum sobe e o quentinho se forma no ônibus hermeticamente fechado. Extremamente desagradável e semelhante a banheiro de shopping, sacam, de onde sempre sai um morninho alêi, oriundo dos freqüentadores.

- D e s a g r a d á v e l , eu diria.




- Enquanto isso, parisienses chiquérrimos reagem de modo blasé à sofisticada chuva que banha um café coloquial de uma esquina chiquééérrima.



paul mc cartney, fine line



link | 13:17 | |

22.3.06

Atrocidade

Eu tô aqui fazendo o meu papel de cidadã. As autoridades responsáveis precisam saber o que está acontecendo na televisão aberta, que é uma concessão pública. E eu pago os meus impostos e a minha contribuição sindical em dia. Rapaz, isso aqui virou Brasil. E valeu, Jaq, pelo toque.



- Prendam a Ana Maria!


[...]

Mantra:

Eu não ouvi uma versão de Woman do John Lennon no comercial das sandálias Balina.
Eu não ouvi uma versão de Woman do John Lennon no comercial das sandálias Balina.
Eu não ouvi uma versão de Woman do John Lennon no comercial das sandálias Balina.
Eu não ouvi uma versão de Woman do John Lennon no comercial das sandálias Balina.
Eu não ouvi uma versão de Woman do John Lennon no comercial das sandálias Balina.

babyshambles, fuck forever



link | 19:23 | |

20.3.06

Lição de vida

No episódio de hoje, aprendi que a gente não deve fazer reportagens em aterros sanitários extremamente insalubres de SAIA.

Mas nada pior que o VENTINHO DO LIXO soprando nas suas canelas.

[...]

Só sei que estamos na moda do batom vermelho. Bündchen usou, em seu último grande catálogo de moda. Na Vogue francesa, é só o que tem. Mas eu não consigo usar, acho que definitivamente não combina muito comigo. Embora muitas pessoas - inclusive mamãe, que não admite ser contrariada - digam que "mas em você é que fica bonito mesmo, porque você é pálida!", eu não acho. Exatamente porque sou pálida, não rola, sei lá. Já me basta esse cabelo que reluz o dia inteiro. Vermelho fica meio overrrr pra mim.

Mas eis que, ontem, pra testar, pintei o mindinho de rebu* e me arrependi. Hum, ficou tão estranho. Meu dedo ganharia com certeza aquele Troféu Framboesa de "o pior mindinho pálido pintado de esmalte rebu 2006". Prefiro meus esmaltes translúcidos mesmo, ó.


* Homens, rebu é um esmalte vermelho, mas tão vermelho, que é preto.

[Falando em pálida, me lembrem aqui de fazer um post sobre minha juventude triste, quando eu era exemplo ilustrativo nas aulas de biologia, naquele capítulo do ALBINISMO. Um trauma de infância.]

raconteurs, steady as she goes



link | 17:44 | |

15.3.06

Rizistro

Só pra lembrar aos formidáveis leitores assíduos que hoje, 15 de março, tchu-ru-ruuu, tchan-nan-naaaan, é níver desse blog. Three years old, olha que fofo. Tem gente que me lê desde o começo do Flows, em 2003, e tem gente que me lê desde o saudoso Mil Coisas e Tal, no começo da faculdade, tipo 2002. Aff, nem sei como vocês conseguem conviver com uma pessoa fresca feito eu.

Aniversário é tempo de promessas e eu juro a vocês que jamais deixarei de ser essa garotinha ruiva e adoravelmente insuportável que vos escreve quase que semanalmente, já que trabalho mais que a Sol e nem sempre posso atualizar vocês em relação aos últimos acontecimentos relevantes do Brasil e do Mundo.



- Paul, brigada por ter me acordado hoje com "Birthday", do White Album dos Beatles. Adorei o café da manhã na cama também, darling.


cake [sacam, "cake"?], i will survive



Informes

1.
Liam, não pude estar no show do Oasis hoje em SP, porque tive uma reunião de trabalho. Me perdoa. Depois eu pego a blusinha que esqueci no teu apê.

2. Tô devendo o post dos arrrentinos que são educados porque não cospem no chão e o post sobre meu NOVO NOJO DECLARADO. Leitores, saibam que dedico o meu mais sublime nojo, do fundo do coração, aos participantes imundos e pôdis do Big Brother 6, que não tomam banho até o limite, até cultivarem CASPA e cheiro de QUEIJO, iga, iga, mil vezes IGA.

3. Iga.

4. Segue abaixo um diálogo edificante noturno entre mim, uma lady, e um amigo meu, que está apoiando meu trabalho empírico e jornalístico in loco.

Lucy: Meu patrão me botou pra navegar o Rio Cocó [dispensa trocadilhos] nessa semana, ó. Tenho medo.
My best friend: Ih, vai vomitar.
Lucy: VALEU, CARA. O editor disse que os caras do lixão do Jangurussu devem me levar de refém, pra não roubarem a máquina digital de 35 megapixels e de R$ 20 mil do nosso fotógrafo.
My best friend: Vão passar a mão na tua bunda, no mínimo. Iêi. Hehehe. Baldiada, tu.
Lucy: Massa, isso de passar a mão na bunda. Queria ver se fosse contigo, porra.
My best friend: Ia curtir não.
Lucy: E tu acha que eles iam perguntar antes: "- E aí mermão, tu curte?". Hehehe.

bread, the guitar man



link | 23:54 | |

10.3.06

Um paralelo:
a Emmanuelle do novo milênio


[Esse, enfim, é um post extraordinário, porque eu não poderia deixar passar a chance. E aproveitarei a audiência de hoje pra reiterar meu ódio mortal à atendente *bastard* da Varig e dizer que overrrrr é a mamãezinha que a pariu.]

Gostaria de dizer, antes de mais nada, que foi super justa a vitória de Wallace & Gromit no Oscar.

[...]

Uma das coisas que mais atrapalhou minha compreensão em O Segredo de Brokeback Mountain foi o fato de saber, desde o início, que os dois cowboys Marlboros eram gays. Sim, porque você fica extremamente tentado a enxergar várias evidências homossexuais neles ao longo do filme. Ainda mais na parte em que eles tomam banho NUS, DE BOTAS DE COURO, na beira do lago.

A construção do filme inclusive, se assemelha deveras ao antológico "pornô-soft" Emmanuelle, que passava nas madrugadas de sábado na extinta TV Bandeirantes, when i was younger, so much younger than today.

Oh, obviamente, vocês se lembram de Emmanuelle. Eu não era a única criança que assistia e vocês não vão me fazer passar aqui um ridículo semelhante ao que passou um conhecido de um conhecido meu, cujos nomes irei manter no mais absoluto sigilo.

[abre parênteses para a digressão.

Conversando sobre coisas pornôs - sim, porque ser PORNÔ é um life style - que todos nós suportamente fazemos no início da adolescência ? como pegar uma Playboy escondida do tio solteirão, assistir Coquetel no SBT e coisas do tipo ? um cara compartilha, no meio de um escritório cheio de gente, uma coisa TOSCA que ele, MAS SÓ ELE, fazia em sua adolescência.

- ...ahhh, e eu ia lá no ROMCY* só pra pegar aqueles encartes das ofertas de lingerie, pra olhar as mulheres, hehehehehehe.
- Ahnn?! Que isso, tu tá zoando com a nossa cara.
- É, caras. Vai dizer que vocês não pegavam encartes também...!
- [Silêncio constrangedor]
- [Silêncio constrangedor]

* Romcy era uma loja antiiiga, muito antiiiga, que existia aqui em Fortaleza a long time ago, acho que nos idos dos anos 70 e 80. Me corrijam se eu estiver errada, mas eu nem morava aqui na época...


Sabe, esse doido aí deve ser um doente. Óbvio que pegar panfleto pra se excitar com mulher vestida de CALCINHA BEGE e com peitinhos pontudos num sutiã SEM SUSTENTAÇÃO [e, ainda por cima, BEGES também] é uma coisa assim, tipo, meio patológica, concordam? É, concordam.

Fecham parênteses para digressão.]


Mas sem trocadilhos, Emmanuelle, na Bandeirantes, mas era o que havia de mais IN no momento, todos os meus amigos e amigas assistiam realmente e deveria haver PICOS de audiência, de verdade, nas noites de sábado. Tinha episódios nas savanas com tribos aborígenes, nos Pirineus suíços, no espaço sideral [!!]. Enfim. Era sempre uma paisagem paradisíaca e bucólica, com o som das gaivotas [á-á, á-á, á-á, é o sonzinho tradicional de gaivotas em filmes], intercalada com uma cena de sexo selvagem em alguma parte do mundo.

Ou seja, idêntica à montagem da primeira metade do Brokeback, confiram.

Uma coisa inútil, aliás, é o título comprido e em inglês do filme, aqui no Brasil. Não sei pra quê. Os argentinos batizaram o filme de "O Segredo da Montanha" e ficou tudo bem. [só pra dizer que fui pra Argentina. - Metida - ] Mas pra quê o "Brokeback Mountain" aqui? Não acrescenta informação alguma, esse Brokeback. Só complica. Não que eu tenha a mente maldosa, que isso, magina. Mas BROKEBACK é sacanagem.

[...]

Mas vem cá. Vocês não acham mais sacanagem ainda um dos protagonistas de Brokeback Mountain ter o nome de ENNIS?

- Todo mundo aqui conhece a piada do fanho, lógico.



- Nós também nem ganhamos o Oscar...


she´s so cold, rolling stones



link | 10:49 | |

4.3.06

A place called Vertigo


Eu poderia continuar aqui, assistindo ao imperdível compacto dos melhores momentos do desfile da Vila Isabel ou repondo as horas de sono perdidas na última viagem internacional báááásica, mas preferi estar aqui obstinadamente, falida e mal paga [com o celular que nem pai de santo, só recebendo], postando para os leitores assíduos nesse fim de semana chuvoso em que alguns fãs começaram a protestar contra a imposição do lôro aguado e feio Daniel Craig para James Bond. Finalmente a ficha caiu, aff. Desde o meio do ano passado, eu alerto sobre isso aqui no blog.

E graças a Mick, enfim, escapamos de mais uma cobertura televisiva do carnaval repleto de expressões terrivelmente feias e esdrúxulas, como "foliões", "periodo momino", "festa momesca", "mela-mela" e afins. Além daquela coisa manjada do "veja a folia em Recife, com o Galo da Madrugada, o maior bloco do mundo" ou mais uma performance "criativa" de Carlinhos Brown e seus atabaques em Salvador ou o grande encontro dos blocos baianos na quarta de cinzas. Ou o mela-mela nas praias cearenses, que sempre varia MUITO a cada ano que passa. Soube que, ao menos, este ano não tivemos LECI BRANDÃO narrando o desfile do carnaval carioca, o que já é um grande progresso.

- Aliás, só EU que acho todas as escolas de samba IGUAIS?

E como eu não poderia deixar de fazer piadinha com os corinthianos... Esse blog tri-campeão mundial [e rumo ao tetra] apóia o rebaixamento da Gaviões da Fiel, hahaha.

Well, eu bem sei que vocês vão me chamar de fresca injustamente, como a Anne me chamou hoje de manhã, mas eu tenho nojo das MÁSCARAS RESPIRADAS de carnaval. Explico. Você vai lá nas Lojas Americanas e tem uma infinidade de máscaras emborrachadas de monstros e outros personagens. Qualquer pessoa chega, coloca na cara e fica brincando com os amigos na loja. Principalmente os pivetes. Ô, mas visualizem, tipo, as CENTENAS de pessoas que ficam colocando as máscaras e respirando nelas. Pois é. E sempre fica um molhadinho da respiração alheia, observem. Ainda mais com VÁRIAS pessoas respirando e VÁRIOS molhadinhos misturados ao logo de todas as semanas que antecedem o carnaval. Digam-me se isso não é, no mínimo, PORCO. Máscaras respiradas são o que há de mais nojento no carnaval, só registrando. Perucas também são nojentas, mas nem de longe são como as máscaras respiradas.


[...]


Ah, o post. Aposto que vocês estão loucos pra saber como foi lá na Argentina.

Estava eu passeando pelas largas ruas de Buenos Aires, quando Mick Jagger me reconheceu e parou o meu carro. Me beijou à força e me convidou pra sair. Ele estava me seguindo, enciumado. "Você está com outro!", gritou. Mas fui sincera com ele, pedi para que se controlasse e disse que não queria mais ficar com ele, que não tinha mais nenhum direito sobre mim. Falei que estava saindo com o Alex Kapranos, éramos noivos. Estava apaixonadíssima, não podia dar bola pro Mick, que queria só me comer. Nessa hora, Kapranos chegou e começou a discutir com o Mick, foi horrível. Eles brigaram feio. Comecei a chorar, atordoada. Deixei os dois discutindo e comecei a vagar pela cidade fria, com o vento desalinhando meus cabelos. Encontrei Bono casualmente na sorveteria Freddo, na Recoleta, ele me consolou e nós dividimos um sorvete de morangos na mesma casquinha, enquanto ele me contava sobre seu trabalho humanitário, seus sonhos e aspirações. Ele me beijou de surpresa no estacionamento, disse que estava me amando. Mas eu contei que Alex Kapranos havia me pedido pra noivar com ele, e que tinha aceito. Mostrei a aliança linda que ele me deu. O Bono chorou e disse "Saiba que todas as músicas de amor que farei daqui em diante serão para você". Agradeci e repliquei: "O anelzinho de noivado que Kapranos me deu veio dentro de uma orquídea, uma coisa, assim, de cinema". Kapranos e eu nos casamos em uma capelinha pequena e simples, decorada com flores de laranjeira, as mais lindas. Mesmo ele sabendo que Mick não me deixaria em paz um dia sequer, com seu ciúme doentio e possessivo. "I´ll protect you, Lucy", prometeu Kapranos, no altar.

[suspiro adolescente]

rain fall dawn, rolling stones

[...]


Eu preciso verdadeiramente compartilhar com os leitores assíduos a saga que foi essa viagem relâmpago a Buenos Aires. Porque foi muito, mas muito ousado o que fiz pra conseguir os ingressos. OUSADO, frisando.

Primeiro ato:
Os ingressos


1. Tentei comprar pelas vias legais e oficiais, pelo site oficial na Internet, ainda em dezembro. O lance é que eu não tinha cartão internacional... Shit.
2. Implorei no orkut, nas comunidades de pessoas que iam pro show dos Stones, para que alguma alma pura e bondosa passasse seu Visa Internacional e comprasse meus ingressos. Mas ninguém me ajudou. Foi horrível, horrível.
3. Um amigo disse que tinha uma amiga que conhecia uma jornalista que morava lá e poderia comprar os ingressos na Argentina, mas não deu em nada. E logo as entradas estavam esgotadas.
4. Dellano conhecia um cara da Galeria do Rock que tinha os ingressos, mas que ainda NÃO SABIA SE ia pro show. *bastard* No dia em que a gente pediu pra comprar as entradas dele, ele disse que ia e que já tinha até comprado as passagens. Droga.
5. Tentamos, ainda, comprar algum pacote turístico que incluísse os ingressos, mas também já tinham acabado. Até os pacotes para véis, com show de tango e cassinos bregas incluídos. Mas eu nem queria mesmo, era tudo de arquibancada alta, mó mentira.
6. Depois de dezenas de tentativas frustradas, digitei no google, desesperada, "ingressos Stones Argentina" e coisas do tipo, até chegar no site de leilões Mercado Libre, o da Argentina. No desespero, descobri, FELIZ, que eu não podia comprar nada no mercado da Argentina, porque não era cliente vip de num sei lá o quê.
7. Burlei as regras do site e taquei o meu email e MSN num espaço lá, pra ver se alguém via e se sensibilizava pela minha causa.

- Foi quando conheci Mariano, o cambista arrentino.

A gente super negociando, tal, por vários dias, no email e no MSN. Dos três ou quatro cambistas que me mandaram email, a oferta dele era a melhor e tal. Acertamos o preço e fizemos um vantajoso trato.

- Você coloca o dinheiro na minha conta e, quando tiver confirmado o teu pagamento, te mando os ingressos pelo correio depois.
- Ok, feito.

[vatajoso pra ELE, como vocês devem ter percebido]

E lá vai Lucy, resignada, transferindo DÓLARES de sua minguada conta corrente para a polpuda cuenta de Mariano, o cambista arrrentino. Na fé, sacam. MUITA FÉ. Cheguei ao cúmulo de rezar todos os dias, para que não fosse ludibriada LOGO por um argentino. Imaginem o mico, a vergonha, minha cara arrastando no chão da medina, enganada por um chicano, por um latino. Enfim, mas eu disse que eu era uma pessoa OUSADA, vocês que não acreditaram. Já estávamos preparados para o golpe, well, já tínhamos tentado TUDO mesmo. E eis que, uns 20 dias depois, chegam as entradas aqui em casa, num envelopinho todo lindo, com cartãozinho de Feliz Navidad e tudo mais... Ufa. E aí, restava a dúvida cruel:

- Seriam ingressos falsificados?!

Segundo ato:
As passagens aéreas


Bom, isso a gente só iria saber se chegasse lá. O lance hard, naquele momento, era conseguir passagens para lá, em pleno período do Carnaval. Imaginem os preços. Tentamos pacotes turísticos, comprar milhas nos clasificados, pesquisei no mercado livre [isso vicia]. Na GOL, já não tinha mais passagens. Na TAM, era muito caro. Abre-se um vôo direto pela Air Madrid, metade do preço, mas só tinha avião saindo no dia do show. Impossible. Nesse meio tempo, conheço Adalberto em uma comunidade do orkut, vocalista de uma banda que toca Stones e outros artistas sixties e seventies. Ele SIMPLESMENTE me reservou passagens sem eu saber e, quando eu estava desesperada [pra variar], sem saber se conseguiria chegar lá, ele: "Mas Lucy, suas passagens já estão reservadas há muito tempo". Imaginem a sorte. Lucky sou eu. Imaginem como Adalberto se sente hoje, após ter praticado o bem, tendo contribuído para o apaziguamento entre israelenses e palestinos e a extinção da fome no mundo.

Mas o estresse não estava no fim... Como parcelar no cartão, se ele não tem limite que dê pra comprar as passagens? Shit strikes again. Imploramos a algumas pessoas abastadas, até que uma vizinha do Dellano se prontificou a passar no cartão dela, aquela santa. Nem acreditamos. Tudo bem, que eram vôos terríveis, com 487036873068703856 escalas, 65739870356987035986 conexões, horários bizarros. Fazer o quê.

Terceiro ato:
Ida e volta tumultuadas


Na ida, uma atendente da Varig, em Guarulhos, diz que a gente não vai poder embarcar porque deu overrrr e não tinha mais lugar no avião. O próximo vôo já tava lotado e o outro era só na quinta feira - tipo, o dia do Show dos Stones. Great. BARRADOS, gente, fomos BARRADOS. Depois que eu fiz um escândalo na fila de embarque, reclamando que esse overrrr era impossível, que eu tinha comprado e estava com os documentos comprovando a compra e tudo, outra atendente vem e pergunta se já tínhamos os cartões de embarque. Ora, claro que eu tinha. E overrrr é o caralho de asa. Mostrei pra ela e ela falou: "Nossa, mas então é só vocês embarcarem!". Grrr, não diga, BITCH. Então por que não disseram aquilo LOGO? Quase que a gente perde o vôo por causa da BITCH da Varig. Overrrrr é meuzóvo. Humpf. *Bastards*



Na volta foi MUITO PIOR. O show do U2 acabou mais de meia-noite e a gente teria que chegar ao aeroporto as 4 da manhã, pra embarcar as 6h30. Run, Lucy, Run. Chegando lá no aeroporto, TUDO O QUE EU QUERIA OUVIR: teríamos que pagar uma taxa de embarque de 36 DÓLARES. ÓBVIO que não tínhamos a grana, já que não sabíamos dessa taxa e já estávamos indo embora - logo, não restava grana nenhuma. Só sei que a gente não iria poder embarcar. Com os olhos marejados - chorem, foi intensamente emocionante - começamos a perguntar na fila da taxa se alguém era brasileiro e mendigamos para todos a grana da passagem. Ei, degradante. As malas já tinham ido, a gente tava sem dinheiro até pra comer, no relento, de madrugada, judeus e homossexuais, num país que não era o nosso, com a roupa do corpo, no frio. Mendigando. Quase que eu saco meu exclusivo plano B e utilizo táticas complexas tipicamente femininas, como fazer um escândalo e ter uma crise histérica. Até que, uma meia hora antes do embarque, um casal de brasileiros se penalizou com a nossa causa e... pagou as taxas da gente. Nem acreditamos.

Eles eram ricos, sem dúvida. O cara tinha um casaco da Patagônia, daqueles de gola bem alta. Logo, ele era rico. Só os ricos possuem uma gola daquelas.

- Enfim. Assim, deixamos a nossa Argentina no último pau de arara...

A lição desse episódio foi:
Nunca comprem blusas da turnê do U2 horas antes do embarque em um aeroporto estrangeiro.


sweetest thing, u2


[...]

Os shows vistos pelo olhar de uma rabugenta:
U2 + Franz Ferdinand + Stones


Eu, como grande fã das bandas - e, portanto uma pessoa muito chata e cega pelo fanatismo -, não vou repetir aqui o que todo mundo já sabe sobre os shows: que foram perfeitos, que THE EDGE é a toisa mais linda e guti-guti do showbizz tocando Elevation, que o Alex Kapranos é pra casar e que o Mick é mais elegante e conservado do que vocês pensam. E isso ele é mesmo. Nem adianta a turminha de Copacabana chegar dizendo que ele é velho, porque ele não é. O pessoal de Copa, garanto, não viu o Mick a MENOS DE TRÊS METROS, NO PALCO PRINCIPAL, como eu vi. Vi cada gomo da barriguinha malhada dele. Aposto que vocês nem têm a blusa que o Mick chutou lá do palco, como a que pegamos e guardamos como relíquia - touched by god.

Inclusive, odeio esses comentários de que "ah, U2 é chato e Stones são velhos", "um maracujá com camisa de paetês rebolava no palco e não sei o nome dele", "Bono é gordo e viado", "quem são Rolling Stones mesmo?", "eles são drogados". Povo que parece curtir cultivar e ostentar a ignorância. Que nem a Sandra de Sá, que, no auge da desinformação e na área vip do show em Copacabana, não sabia o nome dos integrantes dos Stones, nem o do Mick. Se Sandra de Sá é um ídolo para você, se ela é seu deus da música, se você AMA a Sandra, retire-se desse blog e vá ouvir aquela música péssima do "Vem pro meu lado forever...".

Sinto muito, mas não precisa ser fã pra saber o nome dos componentes de uma banda que existe há mais de QUARENTA ANOS. Basta ler nem que seja uma revista Veja por ano, pra saber disso. Nem tô pedindo pra pessoa conhecer a discografia do Pink Floyd, nem os sucessos do Johnny Cash na prisão Folsom. Nem tô dizendo que é pra todo mundo amar os Stones. Agora, acho um absurdo que a Sandra de Sá trabalhe com música há tanto tempo e seja assim, tão desinformada e out, a ponto de não conhecer o Mick Jagger. Será que ela sabe ao menos quem é o presidente do Brasil? Eu, que já não gostava dela mesmo... Ah, nem vou ficar falando dela aqui não, que é pra não fazer propaganda. Pô, sério. Mas por mais indie que a pessoa seja, tipo "Ohh, só fui pro show do U2 pra ver o Franz Ferdinand", não tem como não conhecer os Rolling Stones, nem que seja de vista, a menos que você tenha retornado de Júpiter essa semana, após uma clausura de 45 anos.

Ai, odeio gente desinformada. Mesmo.



- Minha nova fita cassete está sendo vendida nas melhores casas do ramo, a hum mil contos de réis.


[...]

Enfim. Mas essas são questões mundanas que jamais ofuscariam o brilho e a importância de um evento mágico como um show do U2 + Franz + Stones. Ainda mais porque, nos Stones, tivemos Gimme Shelter e Angie, sem a presença da progressiva Midnight Rambler [não que eu ache Midnight chata, mas ela seria bem melhor se durasse uns 10 minutos a menos]. Mick de sobretudo e chapéu é, uhhh, muito uhhh. Visto a menos de três metros então... uhhh.

Agora, se você é como eu, daria pro Mick e não acha ele tão velho assim, provavelmente é incompreendido.
- Não chore, eu te compreendo.

No dia em que fui pro U2, Bono nem pegou uma mina da platéia. LOGO no dia em que conseguimos ficar na HOT AREA. Juro, ficamos lá, fui carimbada e tudo. Mesmo a gente chegando um pouco mais tarde na fila, tipo 11 da manhã. Mas enfim, foi o jeito. Quando vi, já estava LÁ, ó. Enfim, foi até melhor o Bono não ter chamado ninguém do que a falta de sorte que ele teve no Brasil, ao ter "pegue" uma menina estranha e com nome difícil, tipo a KATILCE. [Se fosse Lucy, ele pronunciaria bem direitinho...]. Tá, sou uma das que ficou com inveja. Mas eu não queria pegar no cabelo ensebado no Bono não. Eu queria era dançar With or Without You com o THE EDGE mesmo.

Pra não dizer que o show foi perfeito, achei o final chato. Depois de Zoo Station, ele não tocou mais nenhuma música conhecida. Uma péssima maneira de terminar o concerto. Só os fãs herméticos entenderam. Outro lance chato é esse lance de pregação político-religiosa que o Bono tem nas apresentações. Acho melhor ele não se esquecer de que eles são, enfim, uma banda de rock´n roll. No show, tem a leitura da declaração dos direitos humanos, a faixinha do Coexist, momento isqueirinho / celular aceso, o agradecimento de praxe à recepção dada pelo presidente do país, a vaia ao Bush, bandeirinhas dos países no telão, o discurso político edificante sobre a América Latina, a leitura do salmo 67 e a partilha do pão e do vinho. Ou seja, um saco. Só falta ele dar a benção final em vários idiomas, que nem o Papa. Eu, que sou simplória - e paguei caro pelo ingresso a Mariano, o cambista arrentino [a quem conhecemos lá e nos fez um preço camarada, por já sermos clientes e tal] -, preferiria o biz com Stuck in a Moment.

E Kapranos, do Franz Ferdinand, uhhh, canta batendo o pezinho no chão, guti-guti. Infelizmente, nenhum argentino conhecia o Franz, enquanto eu PINOTAVA praticamente sozinha ao som de Michael, Dark of Matinée, Walk Away. Catarse. "What´s wrong with a little destruction?". Enfim, é muito lindo e sexual o som do Franz. "This fire is out of control, i´m gonna burn this city".

Minhas últimas palavras sobre o show: Uhhhh. Uhhhhh.

[...]

Vejam agora alguns momentos lindos dos shows:



- Bono, com sobrepeso adiposo, prega a paz e cura leprosos com seu toque. Vox procurava a absolvição do pecado baiano cometido com Ivétchi Sangalôu assassinando Vertigo.




- Enquanto isso, THE EDGE, incorporando uma moda casual, faz o show.




- Lulu Santos deu uma canja e foi o mais carismático da noite.




- Larry Muller não sua. Sem duvida, o mais cool da apresentação.




- Kapranos dentucinho: Esse homem nunca foi tão meu.




- Matthew Fox: Ele não tem nada a ver com o post, mas enfim, Matthew Fox é sempre Matthew Fox.


[...]

E não percam o próximo cativante post:
"Os argentinos são civilizados porque não cospem no chão".

walk away, franz ferdinand



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