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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]

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22.10.07

Entre o pitoresco, o sobrenatural e o transgênero
ou: durante a insônia, tenho rompantes de delírios pop que envolvem até seriados japoneses.


Esse é o boneco transgênero de palha do Shopping Benfica. Pra quem é de fora e/ou freqüenta a cidade no Google Ârf, ele fica na esquina entre as avenidas 13 de maio e Carapinima, em Fortaleza.





A ‘coisa’ fica ao lado da universidade e é um dos caminhos que posso pegar pra chegar ao trabalho. Então é inevitável, pelo menos uma vez na semana eu passo lá e vejo o que é feito dele. Fora que ele é ENORME, vejam só o tamanho comparado ao da cabine policial, ao lado dele. O boneco transgênero de palha do Shopping Benfica é uma coisa assim, polivalente, eclética, raiz, biodegradável. De início, o colocaram vestido de anjo - Natal passado, se não me engano. Depois foi fantasiado de maracatu, durante o Carnaval. A sucessão de looks continua com roupa de atleta do Pan-do-Brasil, de shortinho e tudo; matuto de festa junina; pai [no dia dos pais, tal], recebendo inclusive um pivete transgênero de palha nos ombros – o que, cá pra nós, parecia um encosto, cruz-credo. Há algum tempo ele se vestiu de militar, de calças camufladas, na época do 7 de setembro. Se eu tiver me esquecido de algum traje, alguém me corrija, viu.

E, hoje, ele tá vestido de MENINA, por ocasião do dia das crianças...

Minha imaginação e minha noção questionam coisas para muito além da aberração de um boneco gigante de palha travestido adotado por um shopping no meio de uma grande avenida. Aliás, isso dava uma sinopse legal pra filme, tipo “Boneco de palha fantasiado é picado por uma serpente, cria vida própria e aterroriza moradores de uma grande cidade, reproduzindo-se rapidamente e espalhando o pânico em Los Angeles”. Enfim.

Mas idéias bizarras desse tipo sempre me suscitam a pergunta: quem deixou?? Sim, porque alguém [ou ‘alguéns’, na maioria dos casos] tem que autorizar a instalação e a manutenção do bonecão transgênero, né. “Olá, colegas. Gostaria de sugerir, nesta reunião de hoje, que o shopping construa um boneco de palha de seis metros de altura, que pode ser livremente caracterizado, blá blá blá...”. Já pensaram? Aí os acionistas: “Ohhh, excelente...”
Deve ter uma pessoa da produção, que pensa nas roupas e confecciona tudo. E já pensaram o bonecão NÚ, no dia da troca?? Ai, sei lá, me passou pela mente, mil coisas. Hohohoho.


[...]


Falando em bonecos gigantes, dia desses, eu pensava em uma coisa sobre os filminhos japoneses, estilo Changeman, Jiraya, esse povo todo. Olhem só como é sem sentido e nós nem reparávamos: os heróis têm um robozão gigante, que poderia matar o vilão pequeno na primeira cena, com um pisão. Mas nãããão, o mocinho se lasca todo, fica à beira da morte, perde todas as batalhas, para SÓ ENTÃO usar o robô gigante. Ele espera o vilão virar um robô gigante também, pra depois lutarem na cidade de papelão. Mesmo assim, o robô do bem só usa a arma principal depois que já tá nas últimas, ao invés de simplificar e detonar de uma vez. Pessoal complicado, né? Bom, desde muito pequena eu era chata e procurava relações de sentido nas coisas e reclamava disso.
Aí meu pai dizia: Marvin, a vida é assim mesmo, eles têm que segurar uns minutos do episódio, é assim que ganham dinheiro...


[...]


Mas falando em coisas insólitas e enredos imaginários da infância, me lembrei de ooooooutra coisa. Gente, se eu for doida, alguém me avisa, ok. Sinceridade é o novo preto. Mas será que eu fui a única criança que, quando estudava classificação dos substantivos, imaginava histórias de suspense e lances noir com os “Sobrecomuns”? Bom, pra quem não lembra, tal, os Sobrecomuns possuem um só gênero, quer se refiram a pessoas do sexo masculino ou do feminino, sem flexionar nem o artigo que o acompanha. E os exemplos sempre são tão sinistros, pessoal. Vejam que soturno. E vêm sempre separados com pontos finais, não com vírgulas – para valorizar a pausa dramática.

*A criatura. A testemunha. A criança. A vítima. O cônjuge. O carrasco. O indivíduo. O algoz. O monstro. O cadáver. A sentinela. O pivô. O animal. O apóstolo. O verdugo.*

[o que é ‘verdugo’? Ah, não tenho idéia, mas vou chutar: deve ser uma espécie de caseiro de mansão abandonada na colina erma e distante. Ele deve ser corcunda, ter o semblante assustado e uma fala embolada, porque é um cara de origem simples e medieval. “Chame o verdugo, capataz! Ele terá que me explicar o que aconteceu em minha ausência!” ou “Verdugo, estamos cercados, tranque as portas e faça barricadas! Temos mantimentos suficientes para três dias!” ou ainda "Verdugo! Confio em você. Desça até o porão e traga as batatas. Receberemos convidados hoje para o jantar."]

Uau.

Bom, enfim, espero que eu não seja a única a ter imaginado coisas com os substantivos sobrenaturais durante a quarta série. Senão vou ter me 'exposto para exemplificar', o que é um mico gigantesco. Né? Que nem aquela comunidade do orkut.

Tipo:
- Eu, por exemplo, fazia isso. Você não?
- Não.
- [silêncio constrangedor]




beta band, dry the rain
beatles, don't bother me



link | 02:13 | |

12.10.07

Cinco maneiras de ser true
ou: uma abordagem diferenciada e irrelevante dos fatos

NOTA:
Queria aproveitar que hoje é dia das crianças para lembrar a todos que eu odeio atores-mirins e repudio a dança dos famosos do Faustão com pirralhos-precoces e aquele povo sendo bonzinho com os pivetes e elogiando aquele talento que eles ACHAM que têm.
Só isso, brigada.




I. Assumir que gosta de novela é true

No início de tudo era o caos e eu, tolinha, achava que não poderia haver nada mais sensual na modalidade audiovisual do que Wagner Moura dizendo “Eu sou uma piscininha” para Camila Pitanga no último capítulo da novela da estação passada, a outono/inverno. Mas antes de falar sobre Wagner, esse ícone sexual emergente de nossa tv – comecei o post com ele para segurar a audiência feminina –, comentarei brevemente a novela primavera/verão 2008, a Duas Caras. Mó mentira, ela.

Tá, eu sei que assistir a novelas é, talvez, minha principal falha de caráter. Mããããs, fazer o quê, não é, minha gente? Tô nessa há anos. Adoro uma boa novela das oito, admito. E sei que não estou só, tá, tem ‘assim’ de gente que também curte. Pois é, ah, você entendeu.

Vinda de uma telespectadora como eu, de longa data, a frase “isso é mó mentira” não é nenhum despautério. Não é uma critica estúpida de gente chata que diz: “ahhh, mas olha, que coisa mentirosa”, pra uma cena de Matrix em que o povo voa pelos ares, Neo foge das balas só com jogo de cintura e a galera vira raio laser. Alôôôu, já ouviram falar em computação gráfica, efeitos especiais, abstração, George Lucas, imaginação? Então. Querem ver realidade? Pois vão comer coxinha + refresco de cajá a $1,50 no Centro ao meio-dia. Ora.

O que ocorre é que até novela tem que ter um limite pra mentira. Senão vira Arquivo X ou novela da Record, sabe. Na da Record, vi uma cena chocante: uma pirralha destruiu todos os vidros de UM RESTAURANTE com UM GRITO de pavor. Tipo, potência vocal, algo Montserrat Caballé. E essa Duas Caras é demais, extrapola. Começa com Caco Ciocler querendo pagar de galã – tentam emplacar o Caco como ‘bonito’ há umas três novelas e nada, ninguém grita por ele quando ele vai pro Faustão dar depoimento sobre algum assunto desnecessário da atualidade. Desista, produção. Mas sim, o enredo.

Peguei a parte da menina jovem, linda e milionária do interior [Marjorie Estiano] que conhece um cara [Dalton Vigh] que socorreu seus pais milionários mortos [não lembro os atores, mas já morreram, não importa] num acidente de carro. O cara tem uma baita pinta de ladrão, sua companhia mais freqüente é a mulher de cabaré que o ‘iniciou’ na infância [Beth Faria - que emana drogas, cocaína, barbitúricos de cada poro de seu trêmulo ser – Fábio Assunção High (very high) School, talvez]. Daí o cara chega na casa da menina, diz que socorreu seus pais e arremata: “Eles me pediram para não te deixar”. A idiota acredita, deixa o desconhecido ficar zanzando pela casa dela, dá pro cara a combinação do cofre, essas coisas. A menina jovem, linda e milionária do interior - ignorando, como sempre, todos os avisos das pessoas com quem viveu a vida INTEIRA – ‘sabiamente’ FOGE com esse forasteiro, dá pra ele, casa com ele em comunhão de bens [bens DELA, ressalte-se], assina papel em branco, acredita em tudo o que ele fala. Merece mesmo, perder tudo, pra deixar de ser idiota. Destino de mulher tonta é isso aí, tem que aprender.

Depois ele obviamente rouba tudo dela, some do mapa, faz uma plástica, muda de rosto e ressurge como um magnata do ramo da construção civil, que vai se confrontar com o Antonio Fagundes [que é só colocar um chapéu que vira Zé Inocêncio de novo, o sotaque tá igualzinho] mais tarde. A menina, grávida, se desespera, quer encontrar o cara a todo custo e tem uma idéia GENIAL: ‘vamos fazer um teste de DNA na criança, assim encontraremos aquele cara’. Assim, alguém pode me explicar o raciocínio? Ela ACHA que se fizer um DNA ela ENCONTRA a pessoa, assim, na rua, nos países? Que burra, dá zero pra ela, professor. A princesa pensa que DNA é assim, paf, a solução do mundo, da fome, das guerras e das intempéries que ressecam nossa pele e tiram a vida e o brilho dos cabelos?? “Vamos fazer um DNA pra acabar com esse aquecimento global?”. Ignorante, né.

Estudou naquele colégio da Malhação, a menina.
Os alunos do pré-vestibular aprendem verbo To Be lá, acreditam?

As histórias paralelas são tão absurdas quanto, mas ainda não tive tempo de absorver a coisa como um todo. Mas... hum... não sei, não me inspira confiança, a trama. Ahh, os usos e abusos da dramaturgia. [não é um pouco odiável, quem usa sempre a palavra ‘usos’ ao lado de ‘abusos’, mesmo que não tenha nada a ver?]


II. Chegar ao limite é true

Pois então, falemos de Wagner. O nosso novo pretinho básico.

Entendam, esse é um momento especial, um rito de passagem, meus 15 anos. Sinto que troquei meu conceito de galã de novela imaginário de ANOS, um ursinho de pelúcia bonzinho e inexpressivo – era o Fábio Assunção, que deixou muito a desejar na novela passada – pelo lascivo cop Wagner Moura. O hype do momento. A tendência. Um referencial.

Gente, como eu consigo visualizar outra coisa além de violência naquele filme Tropa de Elite? Danem-se os comentários de cunho sócio-antropologico que o filme desperta, se é um roteiro fascistóide, se é reacionário, se defende o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) mais que deveria, se retrata a favela assim ou assado, se Globo e Record disputam seus direitos autorais para lançar um seriado, se a narrativa reforça a violência, se a polícia tem sentimentos bons, se é corrupta, se o Rio de Janeiro tem salvação, se a realidade é aquela ou não, se critica a classe média, as centenas de milhares de cópias piratas vendidas antes da estréia. Isso vocês catam no Google facinho, comprem uma revista ou perguntem a seu amigo que faz Ciências Sociais, sei lá. Podem comentar sobre o filme, se quiserem. Mas não façam daqui um fórum. Afinal, aqui sempre foi altamente interativo - o que não deve ser necessariamente confundido com democracia.

Aqui no FlowsInc, a gente curte mesmo é fazer uma abordagem diferenciada e irrelevante dos fatos, que vocês não encontrarão em lugar algum. Afinal, qual site sério vai observar o quão MÁSCULO Wagner ficou naquele filme, naquela farda, com aquela cara de péssimo, gritando com aquela voz LINDA: “porra, quem manda nessa porra aqui sou eu, porra!!”? Ou então “Meirmãão, já perdeu, já perdeu, tira esse sorriso da cara, você vai agora pro saco!!”. Ou então “Zero dois! Desiste, porra!! Pede pra sair, seu viado!!” “Eu mandei parar de cantar e não de marchar, porra!!” Gente, litros, LITROS de testosterona exalavam em cada palavrãozinho, em cada coronhada selvagem, em cada berro nervoso. Umidificante, eu diria.
Até porque um dos traillers trazia YOU-KNOW-WHO - Clive Owen, como entrada.
Ohhh, a sétima arte.

E vocês sabiam que, além de lutar jiu jitsu, Wagner Moura também pratica boxe tailandês? DELYSSIA. E vocês sabiam também que ele quebrou o nariz de um cara, de verdade, durante o treinamento para viver o personagem do filme? No EGO tem a notícia: “Como Wagner durante essa fase não demonstrava a agressividade necessária ao seu personagem – o capitão Nascimento-, Storani usou a ‘psicologia’ e começou a gritar para o ator: ‘Você vai desistir! Pede para sair! Você não vai conseguir ser um ator em ‘Tropa de Elite’!’ Quando Wagner atingiu seu limite emocional, o ator deu um soco no capitão, quebrando seu nariz”.

Uhhhh.
- Ele chegou ao limite, meninas! Escutaram isso!?!
[gritinhos eufóricos]

E todo esse prólogo também é pretexto para eu postar esse vídeo de Wagner em um momento de descontração, só de ceroulas, durante as filmagens da minissérie JK, dançando um rap composto por ele e amigos. Pega geral, Wag.



[…]

Ei, sério. Bom ator, esse rapaz. Convenceu mesmo, ó. E fiquei aliviada ao constatar que o cinema brasileiro, também conhecido por seu áudio sofrível, dessa vez não decepcionou.


Mas achei um absurdo sem tamanho os trajes eróticos criados ‘inspirados’ no filme por uma empresária carioca. Na verdade, os trajes em si também não me importam. O essencial é: QUE PORRA DE BARRIGA TANQUINHO E COXA COM MÚSCULO SÃO ESSAS, na manequim? Eu achava que o desfile de aberrações terminava com os manequins com olhos, mamilos e cabelos, as grávidas e a versão gorducha. Acho estranho, mas vá lá. Também já achava que o auge eram os manequins carecas azuis e amarelos fluorescentes da C&A – alguém consegue se visualizar em alguma roupa vestida por um manequim roxo??? Acho anti-marketing. Mas enfim. O que eu não posso aceitar é um manequim com barriga tanquinho e coxa torneada. Não posso admitir. Eu sou a favor de gente como a gente, numa perspectiva Dove, sacam.

Ah, e não contarei o resto do filme, pra não bancar a spoiler.
Mas posso garantir que mó galera morre no final. Hohohoho.
[péssimo.]

- Mas fiquei fã do Wagner. Que ainda matou a Taís!!!


III. Assumir ao vivo que bebe muito líquido é true

Infelizmente não consta no you tube o vídeo em que Sandra Annenberg, do Jornal Hoje, fala que consome muito líquido. Abaixo, coloquei uma amostra de outro momento inesquecível, em que nossos espontâneos âncoras falam sobre cortes de cabelo. Descontração, han. Só falta uma cervejinha pra acompanhar.



O episódio do líquido foi pitoresco, é pra somar com aquele da nota-pé na matéria sobre sapatos. No jornal, a moça do tempo entra, dizendo que as regiões sudeste e centro-oeste iriam sofrer com a baixa umidade do ar, tal. Aí, para meu espanto, Sandra interrompe e diz: “Flávia, vou contar um segredinho só pra você” – tira da parte de baixo da bancada uma garrafinha azul com o logotipo da Rede Globo [!!!]:

–Pra ficar bem nesse tempo seco, eu ando sempre com água por perto, bebo muito liquido!

Abafa.


IV. God is true

Prestem atenção aos links patrocinados que aparecem ao lado dos emails de vocês, no Gmail. Sempre surgem coisas tipo assim, pitorescas, como esta.



Falando em religião, a Nossa Senhora hoje desceu de RAPEL do alto da basílica, lá em Aparecida. Tudo mudou nesse novo milênio. Renato Aragão, você perdeu.


V. Ironia no Congresso é true

Em meados da década de 80, algumas mulheres americanas, esposas dos senadores, resolveram organizar uma CPI local para apurar o conteúdo de letras de música, tal. Gente mal comida é osso, fica inventando coisa pra fazer. Deviam bordar girassóis em ponto cruz no pano de prato ao invés de arrumar confusão, mas vá lá, cada um com sua ideologia. Então, algumas bandas de rock foram acusadas de fazerem canções impróprias, que ofendiam a moral, os bons costumes, eram violentas etc etc. No documentário que vi essa semana – muito bom, hein -, chamado A Headbanger’s journey, o cara conta que o adesivo "Parental Advisory Explicit Lyrics" surgiu daí, inclusive. E o namorado-que-sabe-tudo confirmou, então eu acredito. :*

Daí, o vocalista do Twisted Sister, Dee Snider, chega ao tribunal para depor sobre as letras da banda. Na foto, Dee é esse ser loiro que se passa, ao centro.



"Cheguei lá, todo descabelado e mulambento. Tenho orgulho de ser mulambento. Tirei um discurso muito bem preparado do bolso do meu jeans justo. Sabe, tava beeeem dobradinho - como um menino mal da escola que quer desafiar seus professores -, desdobrei e fiquei alisando o papel lá, em cima da mesa, olhando pra eles...".

E começa o interrogatório, que envolvia a esposa do Al Gore – ei, ele ganhou o Nobel da Paz, né, soube ALGORA [não, não fiz esse trocadilho. Esqueçam o que escrevi.]:

- Uma das músicas de vocês fala sobre sadomasoquismo, violência etc.
- Não, essa letra fala sobre uma cirurgia que um dos membros da banda fez, na garganta.
- Não é o que parece.
- As nossas musicas permitem interpretações livres. Eu escrevi sobre uma cirurgia. Mas você vê nas nossas músicas o que quer, as suas referências pessoais. Se a Sra. Gore encontrou 'sadomasoquismo' lá, é porque estava procurando...

Nem preciso dizer que Al Gore, puto, queria trucidar e engolir o sujeito do Twisted Sister. Hohoho.
Esqueçam tudo o que vocês sabiam sobre ‘ser true’.



bodysnatchers, radiohead*

*Radiohead também foi true. Deu uma rasteira nas grandes gravadoras e lançou seu novo disco na internet – os fãs pagam o preço que escolherem, pelas dez boas faixas de In Rainbows. Rá.



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