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Lucy, 25. ruiva. míope. insone. prolixa. rock star. jornalista. paulistana. mochileira. aquariana. degustadora de capuccinos. gosta de inventar palavras. anda aprendendo a fazer silêncio. mãe do Elvis, o poodle de olhos verdes. exímia contadora de piadas de pontinho. dubla rock´n roll suicide, do david bowie. não quebra ovo, muito menos separa clara e gema. ama bolsas de paninho, livros, músicas, cinema e outras coisas belas. não toquem no meu queixo, não me chamem com diminutivos ou de "minha filha". sushis? panelada? dreads? perucas e fone de ouvido compartilhados? no, thanks. o primeiro bombom que pega na caixa sempre é o quadradinho - geralmente, o mundy avelã. and walks on the wild side [tu turu, tututu turu turu...]
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26.1.06
I have a dream.
[ou: post paliativo]
[ou ainda: por quê São Paulo não fica em Fortaleza, afinal?!?]
Ahhh, se eu pego o infeliz que inventou essa história de emprego e emancipação feminina.
Hum.
- Não vejo a hora de acordar, um belo dia, e passar a viver apenas de RENDA.
suede, two of us
[ou: post paliativo]
[ou ainda: por quê São Paulo não fica em Fortaleza, afinal?!?]
Ahhh, se eu pego o infeliz que inventou essa história de emprego e emancipação feminina.
Hum.
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18:13 |
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23.1.06
Para uma pessoa blogueira, há mais de três anos nessa vida, um dos melhores presentes de aniversário é receber um... POST!
E como o que a Ledinha une ninguém separa, eu espero ter sempre o Tiago, esse doido, perto de mim. Ele é filé, ele esteve na minha defesa de monografia, eu estive na defesa dele, a gente tá na mesmo placa de formatura [caaara, a gente disse "Têniiis", na hora de sorrir pra foto, suando em "becas"!], a gente é amigo no orkut, a gente aparece junto em um monte de foto da faculdade, a gente fala besteira muita. Um monte de recordações. E ele nunca tinha me dado bola antes, hahaha. Agora ficaí, se passando...!
Eu coloco aqui o post que esse maluco fez no dia do meu níver... ô coisa inesperada.
- E as coisas inesperadas são as melhores. Sei disso por experiência própria!
"Chimbinha", seu exagerado, tu tá guardado aqui, cara!
"A garotinha ruiva"
"Exagerado que sou, decidi escrever um post de aniversário. Quem acompanha as aventuras da Sala de Justiça há um tempo já deve ter feito as contas e percebido que hoje não é o aniversário da Leda, da Sabrina nem de nenhum(a) outro(a) grande amigo(a) meu(minha) (ai, que saco esse negócio de ser politicamente correto com os gêneros!) sempre citados aqui. Essa amizade é nova. Apesar de ser uma moça com quem eu cruzava aqui e acolá nos caminhos do CH 2 (aos desavisados: Centro de Humanidades 2) da UFC, nós nunca trocamos mais do que meia dúzia de palavras nesses encontros. No que seria o fim desses encontros, ou seja, na época da minha formatura, um evento recheado de desespero e angústia nos aproximou mais: defendemos monografia na mesma época, a poucos dias de diferença um do outro. Ela antes de mim. Aliás, puxando bem pela memória, acho que a defesa dela foi a primeira que eu fui ver para poder me preparar para a minha. Talvez não tenha sido uma boa idéia: a garota falou com tal desenvoltura e naturalidade sobre seu trabalho de conclusão de curso que eu poderia ter entrado em parafuso pensando em fazer igual (ainda bem que não cai nessa, desencanei mesmo e fiz a minha defesa ao meu jeito). Comemorei com ela, dei os parabéns (afinal, a menina tirou 10), mas, ainda assim, o laço não se aprofundou tanto, mesmo ela tendo feito a gentileza de ir acompanhar a minha defesa (vai ver ela ajudou a me dar sorte e repetir a mesma nota). E assim as coisas continuaram, nós nos formamos juntos (aliás, acabei de checar e o nome dela está aqui junto ao meu, na minha réplica da nossa placa de formatura, além da sua figura ruiva na foto) e eu me mudei e remudei. Mas a amizade se firmou mesmo da maneira mais indireta possível: Leda Maria me apresentou ao blog dessa pessoa, o Flows Inc., e eu me apaixonei. Pelo blog, devo dizer, pois ela é uma moça comprometida, praticamente casada! Ela escreve de uma forma indescritível. Neologismos, expressões locais, palavras do mais rebuscado português, tudo se mistura num texto que prende a atenção e nos obriga a procurar posts novos todos os dias. Eu, com toda a admiração que tenho por quem sabe escrever bem, virei fã na hora. Foi assim que fiquei amigo de Luciana Andrade, via blog. Amizade que já se expandiu para milhares de recados trocados no Orkut e conversas no MSN. É engraçado pensar que duas pessoas que passaram alguns anos se encontrando na faculdade acabaram criando uma amizade virtual quando nem na mesma cidade moravam mais. Mas creio que assim foi melhor, ou mais sincero, pelo menos. Ficamos amigos não pela política da boa vizinhança de estudantes da mesma faculdade, mas pelo amor às palavras. Por isso achei que a melhor maneira de homenageá-la seria assim, através das minhas palavras. Parabéns, Lucy! E que você esteja sempre em um "sky with diamonds"!!"
Em: Na Sala de Justiça
[...]
E queria agradecer a imensa quantidade de scraps, telefonemas interurbanos [Lu e Brú, são vocês mesmos!] e super locais, emails e abraços "arrochados" dados pessoalmente nas duas Pizzas do Faustão que tiveram pelos meus cumpleaños, até com gente que eu só conhecia pelo orkut [!!!]. Ganhei bolsas fashion, o novo cd do Paul [Babyshamble é o caralho], cantoria pelo telefone [Ximenes e povo da rádio, vocês são doidos também] e até UNHAS POSTIÇAS, um COPO RETRÁTIL e um GUARDA-CHUVA ROSA [meninas do ex-trabalho, outras malucas].
Eu, tão SÉRIA, só atraio gente palhaça pro meu convívio.
- E foi massa, ó, diz aí.
A partir do próximo post, retornaremos à nossa programação, err, normal.
rolling stones, start me up
E como o que a Ledinha une ninguém separa, eu espero ter sempre o Tiago, esse doido, perto de mim. Ele é filé, ele esteve na minha defesa de monografia, eu estive na defesa dele, a gente tá na mesmo placa de formatura [caaara, a gente disse "Têniiis", na hora de sorrir pra foto, suando em "becas"!], a gente é amigo no orkut, a gente aparece junto em um monte de foto da faculdade, a gente fala besteira muita. Um monte de recordações. E ele nunca tinha me dado bola antes, hahaha. Agora ficaí, se passando...!
Eu coloco aqui o post que esse maluco fez no dia do meu níver... ô coisa inesperada.
- E as coisas inesperadas são as melhores. Sei disso por experiência própria!
"Chimbinha", seu exagerado, tu tá guardado aqui, cara!
"A garotinha ruiva"
"Exagerado que sou, decidi escrever um post de aniversário. Quem acompanha as aventuras da Sala de Justiça há um tempo já deve ter feito as contas e percebido que hoje não é o aniversário da Leda, da Sabrina nem de nenhum(a) outro(a) grande amigo(a) meu(minha) (ai, que saco esse negócio de ser politicamente correto com os gêneros!) sempre citados aqui. Essa amizade é nova. Apesar de ser uma moça com quem eu cruzava aqui e acolá nos caminhos do CH 2 (aos desavisados: Centro de Humanidades 2) da UFC, nós nunca trocamos mais do que meia dúzia de palavras nesses encontros. No que seria o fim desses encontros, ou seja, na época da minha formatura, um evento recheado de desespero e angústia nos aproximou mais: defendemos monografia na mesma época, a poucos dias de diferença um do outro. Ela antes de mim. Aliás, puxando bem pela memória, acho que a defesa dela foi a primeira que eu fui ver para poder me preparar para a minha. Talvez não tenha sido uma boa idéia: a garota falou com tal desenvoltura e naturalidade sobre seu trabalho de conclusão de curso que eu poderia ter entrado em parafuso pensando em fazer igual (ainda bem que não cai nessa, desencanei mesmo e fiz a minha defesa ao meu jeito). Comemorei com ela, dei os parabéns (afinal, a menina tirou 10), mas, ainda assim, o laço não se aprofundou tanto, mesmo ela tendo feito a gentileza de ir acompanhar a minha defesa (vai ver ela ajudou a me dar sorte e repetir a mesma nota). E assim as coisas continuaram, nós nos formamos juntos (aliás, acabei de checar e o nome dela está aqui junto ao meu, na minha réplica da nossa placa de formatura, além da sua figura ruiva na foto) e eu me mudei e remudei. Mas a amizade se firmou mesmo da maneira mais indireta possível: Leda Maria me apresentou ao blog dessa pessoa, o Flows Inc., e eu me apaixonei. Pelo blog, devo dizer, pois ela é uma moça comprometida, praticamente casada! Ela escreve de uma forma indescritível. Neologismos, expressões locais, palavras do mais rebuscado português, tudo se mistura num texto que prende a atenção e nos obriga a procurar posts novos todos os dias. Eu, com toda a admiração que tenho por quem sabe escrever bem, virei fã na hora. Foi assim que fiquei amigo de Luciana Andrade, via blog. Amizade que já se expandiu para milhares de recados trocados no Orkut e conversas no MSN. É engraçado pensar que duas pessoas que passaram alguns anos se encontrando na faculdade acabaram criando uma amizade virtual quando nem na mesma cidade moravam mais. Mas creio que assim foi melhor, ou mais sincero, pelo menos. Ficamos amigos não pela política da boa vizinhança de estudantes da mesma faculdade, mas pelo amor às palavras. Por isso achei que a melhor maneira de homenageá-la seria assim, através das minhas palavras. Parabéns, Lucy! E que você esteja sempre em um "sky with diamonds"!!"
Em: Na Sala de Justiça
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E queria agradecer a imensa quantidade de scraps, telefonemas interurbanos [Lu e Brú, são vocês mesmos!] e super locais, emails e abraços "arrochados" dados pessoalmente nas duas Pizzas do Faustão que tiveram pelos meus cumpleaños, até com gente que eu só conhecia pelo orkut [!!!]. Ganhei bolsas fashion, o novo cd do Paul [Babyshamble é o caralho], cantoria pelo telefone [Ximenes e povo da rádio, vocês são doidos também] e até UNHAS POSTIÇAS, um COPO RETRÁTIL e um GUARDA-CHUVA ROSA [meninas do ex-trabalho, outras malucas].
Eu, tão SÉRIA, só atraio gente palhaça pro meu convívio.
- E foi massa, ó, diz aí.
A partir do próximo post, retornaremos à nossa programação, err, normal.
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16.1.06
Os boatos sobre minha gravidez são infundados
A água molha, o fogo queima, o vento sopra, doce engorda, o sol brilha e a Bündchen aparece ESPLÊNDIDA e GOSTOSA numa bata branca com shortinho jeans no Fashion Rio. Ela fica linda até com aqueles trapinhos da C&A, lembram do comercial?
Na semana em que a valente, onipresente, ególatra, autoconfiante e poliglota Lucy desapontou seus 59 fãs no orkut e os 80% de amigos que a acham sexy, ao declarar que imita a Joelma da Banda Calipso, descobrimos a existência de quadros pitorescos em dois programas locais: a Bica do Dedim [na qual de uma a três cafuçus acima do peso ficam de shortinho, molhadas, dançando algum forró que fale de temáticas engrandecedoras, como "rapariga": medo] e o Chuveiro do Ênio [no qual alguma cafuçu acima do peso, com um biquíni inversamente proporcional, fica rebolando ao som de algum dance bisonho: medo]. Esse blog se declara torcedor do Agustinho, o cara mais bonachão do Big Brother Brasil 6. Ninguém duvida que ele, apesar dos pêlos nas costas, vá ganhar um milhão de reais.
Vamos ao post.
Afinal, esse blog é só pra dizer... e diz.
[...]
Eis que, no meio da semana, almocei as três horas da tarde, como sempre. Claudicante* e quase despencando de inanição no meio da rua, debaixo desse calor queniano, senegalês, saárico, desértico, enfim, fortalezístico, chego ao self service do shopping. Agora VISUALIZEM qualquer self service as três da tarde. O bifinho já murchou, a alface pretejou, o palmito acabou, the milho is gone, o arroz empelotou e da tortinha de frango só resta a massa. Saca, só tem ERVILHA no lugar. E a lenda asteca nos diz que temos que ter nojo e desprezo por ervilhas, cajás e atuns.
Bom, peguei as sobras de comida - aquilo que iria para os cães urbanos ou para a compostagem* da hortinha de ervas finas do restaurante [haha. dramática.] -, coloquei no prato e tal. Uma dieta sem os alimentos anti-oxidantes, sem ômega 3, sem lipídios, uma coisa muito pobrinha. Acrescentem a esse sub-almoço outros fatores de risco, como uma duvidosa mousse de sonho de valsa e o fato de que eu teria que trabalhar e assistir aula de errpanhol até 4760478 horas da noite e concluam por si sós que eu inevitavelmente passaria MUITO MAL. Cara, batata, passei mal. E esse "batata" também é um trocadilho. Enfim, fiquei a noite toda enjoadíssima, cheguei verde fluorescente e carregada, de táxi, em casa.
Seguiu-se o diálogo.
[solo de bateria]
Marido - Opa, seu Almeida, é que a Luciana tá passando mal...
Mamãe, cortando - O que ela tem?
Lucy, verde - Mãe, tô enjoaaada. Eu só quero me deitar.
Mamãe, insinuante - POR QUÊ você ta enjoada?
Lucy, verde - Mãe, não seeeeei, deve ser alguma coisa que eu comi e...
Mamãe, insinuante - Você quer ir no médico?
Lucy, verde - Nããão, mãe. Só quero me deitar um pouco, já passa.
Mamãe, INSINUANTE - Mas POR QUÊ você não quer ir ao medico? Que horas você comeu?
Lucy, verde - Umas três da tarde.
Mamãe, conspiratória - E a que horas você passou mal?
Lucy, verde - Sei lá, umas seis da noite.
Mamãe, CONSPIRATÓRIA - Mas ENTÃO, é CLARO que não pode ser da comida, o enjôo deve ser OUTRA COISA. Porque você não quer ir ao medico?!?
Façamos um flash back em tons de sépia e entendam a insinuação.
Fortaleza, outubro de 2000. No terceiro ano, quando eu tinha apenas 10 anos de idade, papai também insinuou que eu poderia estar grávida. Foi num dia em que tive uma crisesinha, um pití de stress no colégio e comecei a chorar copiosamente. Cara, vestibular é uó, é pressão, vocês sabem. E a gente tava com problemas financeiros na época, tal. Papai foi me buscar no colégio no meio da aula, e eu não queria, obviamente, contar pra ele que o que eu tinha era stress e inquietações financeiras - que eram culpa dele. Podiam me chamar de FRESCA, imaginem a injustiça.
Seguiu-se o diálogo:
[solo de sax]
Papai, num momento Jairo Bouer - Mas o que você tem, alguém te fez alguma coisa? É o namorado?
Lucy, crying - Não, pai, tô só cansada, eu quero ir pra casa.
Papai - Mas você não quer contar pra mim?
Lucy, crying - Não quero, só conto pra mamãe.
Papai, SENSÍVEL e direto ao ponto - Você está grávida??
Lucy, atônita - !!
CARA. Já estou ficando expert em desmentir gravidez para meus pais. Banalizou, banalizou. As pessoas me perguntam e eu respondo super blasé agora que não estou grávida e minha prioridade é a carreira de modelo e atriz. E eu só queria dizer que deus inventou a pílula e é isso aí, ó, enjoy e tal. A Caras ligou aqui na semana passada e eu já divulguei uma outra nota à imprensa. Deve sair no número em que apareço na capa, mostrando meu haras em Goiânia. Falando em Caras, essa revista anda me fazendo repensar diversas coisas, como o conceito de ÍNTIMO, já que o casamento ÍNTIMO da Daniele Winitz apareceu na CAPA da semana retrasada, com esse título mesmo: "O casamento ÍNTIMO de Dani Winitz".
Bem, anyway, não sei se devo encarar essas suspeitas como uma pressão pra ter logo a Ríllary e a Björk, ou se é desconfiança mesmo. Mas nem posso falar de ter filha mulher como primogênita. Imagine a decepção de papai. Porque papai sempre sonhou em ter filhos homens e aqui em casa somos eu e minha irmã, ó a tragédia. Tipo, ele nunca pôde realizar seu sonho de soltar uma pipa com a gente ou de jogar bola e isso é super importante pra ele. Quem mandou só ter cromossomo pôdi? Ao menos, ele é corinthiano e eu tive a sorte de ser são paulina - a sobrevivência da espécie evoluída da linhagem de tri campeões mundiais está garantida, adversários. E quando digo "adversários", me refiro ao Barcelona, Real Madrid, Liverpool, coisa do tipo. Não é com vocês não, ok. [Haha, como eu sou chaaata]
UPDATE: Falando em pôdi, aquela Marjorie "one hit" Estiano tem a PIOR boca quando canta, já notaram? Impressionante. E os adolescentes que não conhecem Ella Fitzgerald acham que ela ARRASA quando canta aquela música enjoada da Vagabanda. Tolíssimos. Mas geralmente tenho aflição de bocas feias. Essa Marjorie é uma delas. O Boris Casoy é o principal. E o William Waack, âncora do Jornal da Globo, sempre apresenta os jornais com uma ecazinha branca no canto da boca, podem observar hoje a noite. Ighti. Simplesmente eu não consigo compreender uma notícia sequer que ele diz, já que fico com os olhos fixos na ecazinha do canto da boca. E ele não cospe, não engole, não afasta e continua falando e eu fico hiper impaciente, concentrada na eca. Outra boca feia é a do Cemil, de Belíssima. Aliás, ele NÃO TEM BOCA, e esse é o motivo supremo de minha aflição.
* "Claudicante" e "compostagem" são duas das palavras que tenho como meta incorporar ao meu vocabulário bloguístico em 2006. Além delas, usarei lânguido, vexatório, Michelle Perrot, enólogo, onisciente, piromaníaco, altruísta, guaxinim e cacimbão, dentre outras que aprendi recentemente.
suede, introducing the band
Sutiã quebrado: Profissão Perigo
Porque é ótimo o zíper da sua calça quebrar às 8 da manhã, quando você tá indo para o trabalho e tem um looongo dia pela frente. Yeah, isso já aconteceu comigo no colegial. Mas o fato inédito foi a sorte de a minha alcinha do sutiã quebrar no MEIO DO ÔNIBUS às 8 da manhã, indo para o trabalho e com um loooongo dia ainda pela frente. Ah, meu deus, que notícia BOA. Foi ÓTIMO, foi LINDO e, como diria aquela canção de Franz Ferdinand: you´re lucky, lucky, you´re so lucky, tchu-ru-ru-ru....
Minha vida passou diante de meus olhos. Comecei a planejar o futuro, pensei naquela TV de plasma linda que sempre sonhei e concluí que eu tinha que tomar alguma providência. E URGENTE. Até porque a blusa era de alcinha, né, e eu tava em pleno meio do ônibus Vila União, quase navegando na Lagoa do Opaia, ao som da tenebrosa canção "Tô ficando atoladinha" [ohh, a pior de todos os tempos] e com uma tira a menos no sutiã. HELL. Porra, cadê o Inmetro que não faz testes decentes num produto desses? Ficaí medindo mané papel higiênico e não se preocupa com o bem estar da mulher contemporânea. Enfim. Daí, abri a pasta, a bolsa, os cadernos, atrás de alguma solução urgente, rápida e indolor.
- Momento MacGyver -
No estojo, um chaveiro de coração. Lembrei da minha infância intrépida e do meu passado de aulas de jazz e artes no colégio e transformei artesanalmente o aro de chaves do chaveirinho em um aro de SUTIÃ e emendei a alça no bojo. Ficou perfeito, melhor que a alça original, super mais seguro, ó. Inclusive, tô considerando a possibilidade de colocar aros metálicos de chaveiros em todos os meus sutiãs, tamanha a eficiência do meu novo método. Óbvio que teve gente lá no trabalho pensando que era ESTILO. E cadê que eu desmenti? Disse que era o último grito, ó. E eu, mesmo sem querer, CAUSEI.
És nosotros en la película, hermano, tchu-ru-ru*.
*É nóis na fita, mano, tchu-ru-ru.
jesus and mary chain, sometimes always
E assim, termino esse momento aPOSTeótico de hoje [eita, o Ibope disse que a audiência caiu 25% depois desse trocadilho uó].
Agora, claro, para o deleite dos leitores: Jude Law! Palmas!
Ele não tem nada a ver com o post, mas Jude é sempre necessário.
rolling stones, rough justice
A água molha, o fogo queima, o vento sopra, doce engorda, o sol brilha e a Bündchen aparece ESPLÊNDIDA e GOSTOSA numa bata branca com shortinho jeans no Fashion Rio. Ela fica linda até com aqueles trapinhos da C&A, lembram do comercial?Na semana em que a valente, onipresente, ególatra, autoconfiante e poliglota Lucy desapontou seus 59 fãs no orkut e os 80% de amigos que a acham sexy, ao declarar que imita a Joelma da Banda Calipso, descobrimos a existência de quadros pitorescos em dois programas locais: a Bica do Dedim [na qual de uma a três cafuçus acima do peso ficam de shortinho, molhadas, dançando algum forró que fale de temáticas engrandecedoras, como "rapariga": medo] e o Chuveiro do Ênio [no qual alguma cafuçu acima do peso, com um biquíni inversamente proporcional, fica rebolando ao som de algum dance bisonho: medo]. Esse blog se declara torcedor do Agustinho, o cara mais bonachão do Big Brother Brasil 6. Ninguém duvida que ele, apesar dos pêlos nas costas, vá ganhar um milhão de reais.
Vamos ao post.
Afinal, esse blog é só pra dizer... e diz.
[...]
Eis que, no meio da semana, almocei as três horas da tarde, como sempre. Claudicante* e quase despencando de inanição no meio da rua, debaixo desse calor queniano, senegalês, saárico, desértico, enfim, fortalezístico, chego ao self service do shopping. Agora VISUALIZEM qualquer self service as três da tarde. O bifinho já murchou, a alface pretejou, o palmito acabou, the milho is gone, o arroz empelotou e da tortinha de frango só resta a massa. Saca, só tem ERVILHA no lugar. E a lenda asteca nos diz que temos que ter nojo e desprezo por ervilhas, cajás e atuns.
Bom, peguei as sobras de comida - aquilo que iria para os cães urbanos ou para a compostagem* da hortinha de ervas finas do restaurante [haha. dramática.] -, coloquei no prato e tal. Uma dieta sem os alimentos anti-oxidantes, sem ômega 3, sem lipídios, uma coisa muito pobrinha. Acrescentem a esse sub-almoço outros fatores de risco, como uma duvidosa mousse de sonho de valsa e o fato de que eu teria que trabalhar e assistir aula de errpanhol até 4760478 horas da noite e concluam por si sós que eu inevitavelmente passaria MUITO MAL. Cara, batata, passei mal. E esse "batata" também é um trocadilho. Enfim, fiquei a noite toda enjoadíssima, cheguei verde fluorescente e carregada, de táxi, em casa.
Seguiu-se o diálogo.
[solo de bateria]
Marido - Opa, seu Almeida, é que a Luciana tá passando mal...
Mamãe, cortando - O que ela tem?
Lucy, verde - Mãe, tô enjoaaada. Eu só quero me deitar.
Mamãe, insinuante - POR QUÊ você ta enjoada?
Lucy, verde - Mãe, não seeeeei, deve ser alguma coisa que eu comi e...
Mamãe, insinuante - Você quer ir no médico?
Lucy, verde - Nããão, mãe. Só quero me deitar um pouco, já passa.
Mamãe, INSINUANTE - Mas POR QUÊ você não quer ir ao medico? Que horas você comeu?
Lucy, verde - Umas três da tarde.
Mamãe, conspiratória - E a que horas você passou mal?
Lucy, verde - Sei lá, umas seis da noite.
Mamãe, CONSPIRATÓRIA - Mas ENTÃO, é CLARO que não pode ser da comida, o enjôo deve ser OUTRA COISA. Porque você não quer ir ao medico?!?
Façamos um flash back em tons de sépia e entendam a insinuação.
Fortaleza, outubro de 2000. No terceiro ano, quando eu tinha apenas 10 anos de idade, papai também insinuou que eu poderia estar grávida. Foi num dia em que tive uma crisesinha, um pití de stress no colégio e comecei a chorar copiosamente. Cara, vestibular é uó, é pressão, vocês sabem. E a gente tava com problemas financeiros na época, tal. Papai foi me buscar no colégio no meio da aula, e eu não queria, obviamente, contar pra ele que o que eu tinha era stress e inquietações financeiras - que eram culpa dele. Podiam me chamar de FRESCA, imaginem a injustiça.
Seguiu-se o diálogo:
[solo de sax]
Papai, num momento Jairo Bouer - Mas o que você tem, alguém te fez alguma coisa? É o namorado?
Lucy, crying - Não, pai, tô só cansada, eu quero ir pra casa.
Papai - Mas você não quer contar pra mim?
Lucy, crying - Não quero, só conto pra mamãe.
Papai, SENSÍVEL e direto ao ponto - Você está grávida??
Lucy, atônita - !!
CARA. Já estou ficando expert em desmentir gravidez para meus pais. Banalizou, banalizou. As pessoas me perguntam e eu respondo super blasé agora que não estou grávida e minha prioridade é a carreira de modelo e atriz. E eu só queria dizer que deus inventou a pílula e é isso aí, ó, enjoy e tal. A Caras ligou aqui na semana passada e eu já divulguei uma outra nota à imprensa. Deve sair no número em que apareço na capa, mostrando meu haras em Goiânia. Falando em Caras, essa revista anda me fazendo repensar diversas coisas, como o conceito de ÍNTIMO, já que o casamento ÍNTIMO da Daniele Winitz apareceu na CAPA da semana retrasada, com esse título mesmo: "O casamento ÍNTIMO de Dani Winitz".
Bem, anyway, não sei se devo encarar essas suspeitas como uma pressão pra ter logo a Ríllary e a Björk, ou se é desconfiança mesmo. Mas nem posso falar de ter filha mulher como primogênita. Imagine a decepção de papai. Porque papai sempre sonhou em ter filhos homens e aqui em casa somos eu e minha irmã, ó a tragédia. Tipo, ele nunca pôde realizar seu sonho de soltar uma pipa com a gente ou de jogar bola e isso é super importante pra ele. Quem mandou só ter cromossomo pôdi? Ao menos, ele é corinthiano e eu tive a sorte de ser são paulina - a sobrevivência da espécie evoluída da linhagem de tri campeões mundiais está garantida, adversários. E quando digo "adversários", me refiro ao Barcelona, Real Madrid, Liverpool, coisa do tipo. Não é com vocês não, ok. [Haha, como eu sou chaaata]
UPDATE: Falando em pôdi, aquela Marjorie "one hit" Estiano tem a PIOR boca quando canta, já notaram? Impressionante. E os adolescentes que não conhecem Ella Fitzgerald acham que ela ARRASA quando canta aquela música enjoada da Vagabanda. Tolíssimos. Mas geralmente tenho aflição de bocas feias. Essa Marjorie é uma delas. O Boris Casoy é o principal. E o William Waack, âncora do Jornal da Globo, sempre apresenta os jornais com uma ecazinha branca no canto da boca, podem observar hoje a noite. Ighti. Simplesmente eu não consigo compreender uma notícia sequer que ele diz, já que fico com os olhos fixos na ecazinha do canto da boca. E ele não cospe, não engole, não afasta e continua falando e eu fico hiper impaciente, concentrada na eca. Outra boca feia é a do Cemil, de Belíssima. Aliás, ele NÃO TEM BOCA, e esse é o motivo supremo de minha aflição.* "Claudicante" e "compostagem" são duas das palavras que tenho como meta incorporar ao meu vocabulário bloguístico em 2006. Além delas, usarei lânguido, vexatório, Michelle Perrot, enólogo, onisciente, piromaníaco, altruísta, guaxinim e cacimbão, dentre outras que aprendi recentemente.
suede, introducing the bandSutiã quebrado: Profissão Perigo
Porque é ótimo o zíper da sua calça quebrar às 8 da manhã, quando você tá indo para o trabalho e tem um looongo dia pela frente. Yeah, isso já aconteceu comigo no colegial. Mas o fato inédito foi a sorte de a minha alcinha do sutiã quebrar no MEIO DO ÔNIBUS às 8 da manhã, indo para o trabalho e com um loooongo dia ainda pela frente. Ah, meu deus, que notícia BOA. Foi ÓTIMO, foi LINDO e, como diria aquela canção de Franz Ferdinand: you´re lucky, lucky, you´re so lucky, tchu-ru-ru-ru....Minha vida passou diante de meus olhos. Comecei a planejar o futuro, pensei naquela TV de plasma linda que sempre sonhei e concluí que eu tinha que tomar alguma providência. E URGENTE. Até porque a blusa era de alcinha, né, e eu tava em pleno meio do ônibus Vila União, quase navegando na Lagoa do Opaia, ao som da tenebrosa canção "Tô ficando atoladinha" [ohh, a pior de todos os tempos] e com uma tira a menos no sutiã. HELL. Porra, cadê o Inmetro que não faz testes decentes num produto desses? Ficaí medindo mané papel higiênico e não se preocupa com o bem estar da mulher contemporânea. Enfim. Daí, abri a pasta, a bolsa, os cadernos, atrás de alguma solução urgente, rápida e indolor.
- Momento MacGyver -
No estojo, um chaveiro de coração. Lembrei da minha infância intrépida e do meu passado de aulas de jazz e artes no colégio e transformei artesanalmente o aro de chaves do chaveirinho em um aro de SUTIÃ e emendei a alça no bojo. Ficou perfeito, melhor que a alça original, super mais seguro, ó. Inclusive, tô considerando a possibilidade de colocar aros metálicos de chaveiros em todos os meus sutiãs, tamanha a eficiência do meu novo método. Óbvio que teve gente lá no trabalho pensando que era ESTILO. E cadê que eu desmenti? Disse que era o último grito, ó. E eu, mesmo sem querer, CAUSEI.
És nosotros en la película, hermano, tchu-ru-ru*.
*É nóis na fita, mano, tchu-ru-ru.
jesus and mary chain, sometimes alwaysE assim, termino esse momento aPOSTeótico de hoje [eita, o Ibope disse que a audiência caiu 25% depois desse trocadilho uó].
Agora, claro, para o deleite dos leitores: Jude Law! Palmas!
Ele não tem nada a ver com o post, mas Jude é sempre necessário.
rolling stones, rough justice
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10.1.06
Eu já disse pra vocês que I Hate Mondays? Pois é, ó, I hate. É que eu esqueci de dizer isso ontem. Hoje já é Tuesday, enfim. Mas não tem problema. Abstraiam, pessoal. Mas é que pra mim não há nada pior que segunda-feira. Quando você está se acostumando ao bem-bom de acordar uma horinha mais tarde, quando você está se habituando a não fazer nada, quando você está curtindo as melhores reprises de seriados, quando você está se esquecendo de que tem 67560745 empregos, quando você está na melhor parte daquele livro, PUF!, GAHH!, POW! SOC!: chega a temível segunda-feira.
Ou: Vocês já ouviram falar de TPM de-fi-ni-ti-va?
Garfield, eu te compreendo, cara. Se joga.
Desfaz-se nesse momento a cadeia de rádio, blog e televisão que transmitiu o primeiro pronunciamento rabugento de 2006 da excelentíssima senhora presidente da corporation Flows Inc, que está bem no meio de seu Inferno Astral - Parte XXIII, e está mais chata do que nunca.
rolling stones, shattered
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