Na semana em que ganhei uma linda e personalizada caixinha PIROGRAFADA [uau, aposto que, como eu, vocês nem fazem idéia do que é isso!] no amigo oculto da ex-empresa, na semana em que tenho a confraternização campestre da atual empresa no frio do alto da serra, na semana em que minha tia tatuada chega de São Paulo e na semana em que meu cunhado se descobriu um fã de Jackass [ught!], Lucy retorna ao blog, atribuladamente, em mais um post caótico para os incansáveis leitores. O verão chega alegre e o amor floresce no coração da equipe de funcionários de Flows Inc.

E não percam, não saiam daí, hoje teremos inéditos depoimentos emocionantes de fim de ano, deixados por leitores famosos de Flows Inc.


Retrospectiva 2005

Porque jornalista não pode ver três nomes juntos que imediatamente quer transformar tudo em ranking ou lista... Eis os dez fatos e acontecimentos que marcaram o Brasil e no mundo, no ano em que Glória virou apenas a mãe de Cléo Pires.

1. Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Suede e Beatles.

As melhores bandas que, disparado, conheci em 2005. Pô, se for, já era, cara. Ênfase, muita ênfase no Franz e no Suede, que são as coisas mais sexualizadas e sexualizáveis que ouvi desde aquela música do Uhhh, Ahhh, Hmmm, Je t´aime, sacam. [Bem verdade que ouvi outras coisas sexualizadas no mesmo período, mas vou poupar as crianças que acessam esse blog de manhã cedo na escola]. Mas a cover do Air que o FF fez foi uhh, de arrepiar. E os Beatles? Bem, eles estão na lista dos melhores do ano todo ano, não adianta. Paul McCartney, eu sei que você tá lendo isso aqui, cara.

2. Suco de tamarindo e outras coisas que não precisavam.

Sem dúvida, minha experiência alimentícia menos bem sucedida em 2005... Concluímos que o mundo não precisa de suco de tamarindo. Nem de cajá. Aproveito aqui e espaço para registrar que a humanidade também não precisava de uma regravação de "Crazy", do Seal [???] pela Alanis Morissete [????] que incluiu a canção como a faixa inédita [?????] do cd da regravação do álbum Jagged Little Pill [??????]. Outra coisa que não precisava era eu descobrir que aqui em Fortaleza "cortador de unha" é UNHEX. Façam-me o favor.

3. Véis com calça Gang são o que há.

Por ordem de preferência, os melhores shows do ano ? desculpe quem só foi ao Ceará Music: Fantômas < Cú de Charlotte < Sonic Youth < Os dois filhos de Francisco [pô, curti o filme] < Ney Matogrosso com Pedro Luis e a Parede [y el percusionista guapo] < Flaming Lips [e A bolha] < Nine Inch Nails [Trent, I miss you] < Iggy Pop with calça Gang and The Stooges.

4. Jude Law, Giannechini cheio de graxa, Clive Owen e Trent Reznor

Sem comentários, os mais guapos de 2005. Menção honrosa ao filho do Ledão Nagle, em América. E registrando novamente meu repúdio ao pior James Bond de 2005, aquele lorão aguado. Que abuso. Continuo acreditando que Clive Owen reina. [Na foto, Trent. We want you.]







5. A moda étnica com saias campestres

Sem dúvida, os hits do ano foram as saias com bordados e customizações, mesclando tecidos contemporâneos com aspectos prosaicos da arte manual local, como a feitura em labirintos, filé, alguns tipos de linho, a chita e a renda de bilro, que são coloridos com anilinas que conferem versatilidade e outras possibilidades de aplicação. Elegante essa atualização dos conceitos regionais, que são recontextualizados na contemporaneidade urbana. [Eu não disse absolutamente nada, foi só pra me amostrar mesmo.] Mas enfim, o OUT do ano foi o retorno da manga morcego, as batinhas de grávida, o Peitinho Caído Wear e a sandália amarrada na canela ? que, literalmente, é CANELAU.

6. O emocionante retorno à terra natal.

Belíssimo meu retorno à belíssima São Paulo, aquela terra de gente bonita, stylish e educada, que não sua nem cospe no chão, que são pluriétnicos and where the grass is green and the sky is blue. Museus, shows, bolinhos de bacalhau, poros fechados. Destaque, novamente, à companhia do segundo casal mais bonito e simpático e fashion do Brasil, Bruno e Letícia, de Campinas. Além de São Paulo, nossa caravana conheceu adoráveis cidades do interior cearense, como a tórrida Sobral, a gélida Meruoca, a efervescente Guaraciaba do Norte e a hospitaleira Várzea Alegre. Falando em conhecer, putz, conheci um monte de gente virtual em 2005, como o Germano, a Jaq, a Georgia, a Callen, a Mônica Lucas, o Edson, o Rafael, a Luana, o Mário e, nossa, mais um monte de gente adorável que linkei ao lado.

7. Termos hypados

Hoje em dia ninguém mais vive sem palavras como "conclave", "mensalão", "tsunami" ou "katrina". No meu tempo, enfim, isso era "maremoto", mesmo. Como fui prosaica, céus. Inclusive, HYPE é um termo hypado em si mesmo. "Fulano é tão hype, ele curte Dinossaur Jr". Aliás, falando nisso: vocês já notaram que um monte de hypes tem cabelo PLAYMOBIL?

8. O tricampeonato do Glorioso

Eis que TRIcolor se torna TRI na Libertadores e, com 100% de aproveitamento, torna-se TRI no Mundial em Tóquio. Pois é. O meu time é o melhor do mundo. E o seu? [Permaneço in-su-por-tá-vel depois do TRIcampeonato. E esclareço que quaisquer comentários me chamando de Bambi ou xingando o Glorioso serão impiedosamente deletados.] Ainda no mundo fotebolístico, tivemos o homérico barraco da Cicarelli no Chantily. Unforgettable.

9. América e o beijo gay que não teve.

Um ponto alto do ano foi a participação de Flows Inc., nas discussões da novela das oito, destacando pontos cruciais da trama: Deborah Secco debaixo do caminhão e escondida no painel do carro; o retorno do Guilherme Karan à TV, cantando mambos; Miss May andando de salto alto nos pedregulhos, no último capítulo; Rique navegando no Power Point; a EQM de Tião no Hoje é Dia de Maria, realizando a primeira intertextualidade entre novelas no Brasil; e, ao contrário das expectativas, Francisco Cuoco não morreu durante a novela. Enfim, mil coisas.

10. CSI Las Vegas na Record.

Ora, porque tv aberta também é entretenimento. E eu AMO CSI. Destacamos ainda: a reprise, pelo 40752401º ano seguido, de Esqueceram de Mim ? Nova York, com o Macaulin mais perdido que a zaga do Liverpool; Criança Esperança, pelo 457648706870º consecutivo, com Renato Aragão; o Show de Roberto Carlos [como Flows Inc. havia previsto, ele foi de terno escuro]. Aliás, finais de ano são repletos de reportagens sobre artesanatos natalinos com reaproveitamento de caixas de panetone [vi esse semana passada, na Ana Maria Braga] e presépios criativos com materiais bisonhos, tipo papel machê [nutro um nojinho secreto por papel machê], pedras, gessos, frutas, abóboras, garrafa pet ou qualquer outro material encontrado no lixo.

Tá. Mas falando sério, 2005 foi o ano que marcou o nascimento de Darth Vader ["- Rise!"].

franz Ferdinand, walk away


Painel de mensagens

Onde os fãs famosos deixam seus desejos de próspero ano novo à Lucy, jornalista, mulher e moderna, 22.

Lucy, você sabe que Let There Be Love foi feita pensando em você, Feliz Natal.
Liam Gallagher

Hi, my sweetest thing! Bom natal, espero te ver no Brasil. Meu camarim é a segunda porta à esquerda.
Bono Vox

Lucy, você é um zum de besouro, um imã.
Djavan

Venha em 2005 para Londres, você poderá passar uns dias na minha casa e usar as criações da Stella McCartney. Feliz natal e continue in the sky, with diamonds.
Paul McCartney



- Pois é, gente. Façam de conta que, na caixa acima, o Jude Law está embrulhado para presente. É o que a equipe de Flows Inc. deseja a todos: que todo mundo arrume seu próprio Jude Law!! Não é lindo??

[...]

Termino o post mentalizando bem forte meu anseio de, em 2005, não comer arroz com FRUTINHA na ceia. Cara, meus parentes AMAM essas frutinhas no arroz, tipo passas, uns damascos picadinhos, tal. Enfim, eu não suporto. Frutinha é no panetone, e olhe lá [ouvi dizer que haverá panetone salgado em 2006, com calabresa salpicada. Ai meu deus, e eu achando que Negresco MINT era o pior que poderia acontecer.]

Esse blog é pelo arroz branco, sem porra de frutinha.
Azeitona sim, frutinha não.

paul mc cartney, let me roll it